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 Kharos Selada

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Gilles
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MensagemAssunto: Kharos Selada   Kharos Selada EmptySeg Nov 04, 2013 10:05 am

Escrevi este texto uma vez para participar de uma disputa de histórias no TibiaBr.
Eu me apeguei a ele e hoje tô partilhando. É provável que esteja cheio de erros, não revisei, então beijos.

Spoiler:
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Gilles
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MensagemAssunto: Re: Kharos Selada   Kharos Selada EmptySeg Nov 04, 2013 10:09 am

Kharos Selada

Os tempos eram outros

Um mago foi consumido por sua própria ganância e ambição. Ferumbras estava louco e planejava invadir Thais mais uma vez com seus demônios. Benjamin, o general do Exército Thaisiense, foi derrotado junto com a esperança dos Tibianos e poucos eram os que ainda acreditavam que haveria qualquer chance de sobreviver a seus feitiços.

A Academia Noodles de Magia Moderna estava reunida.

— Há uma chance, Alverus. Arieswar é um rapaz forte. Eu tenho certeza que a emboscada dará certo. Eu mesmo pude vê-lo em batalha, o rapaz segura um machado como ninguém. Temos esta carta.

— É estranho ouvir isso de um rato, Puffels - riu um rapaz trajando roxo.

— Cala a boca, Sogo – grunhiu Puffels do alto da pilha de livros na sala de reuniões da Torre de Marfim em Edron.

Sogo era um dos professores da Academia, talvez o mais chamativo pela extravagância de seu vestuário púrpura, como ele mesmo corrigia quando diziam ser roxo. E caso a cor de suas vestes não chamasse atenção o suficiente seu senso de humor inoportuno completava o quadro.

— Estamos discutindo algo sério, Sogo. Talvez nem consigamos escapar vivos deste presente fato – reclamou o diretor Alverus ajeitando seu manto de seda enquanto cruzava as pernas finas e virava-se para olhar o rato sobre os livros – Se você diz ter esperança, Puffels é a que temos também. Qual é o plano?

Puffels engasgou com o pedaço de queijo que tinha acabado de levar a boca.

— P-plano? – Gundralph deu umas batidinhas com um dedo em suas costas para que ele desengasgasse — A gente vai matá-lo, oras. Vamos atraí-lo às Planícies do Caos. Conseguimos prender a alma da filha dele lá, a tal Fortimbrae. Aí pronto, ele morre e...

— Você acha que um mago com um nível de magia dele vai simplesmente morrer, roedor?

Puffels ignorou.

— Acho que desta vez Sogo tem razão, Puffels – ressaltou o diretor - Ferumbras não vai simplesmente morrer como um humano qualquer. Eu temo até que ele tenha feito pactos com Urgith para enganar a própria morte.

— E o que você propõe, Alverus? – uma bruxa pôs-se a indagar.

— Existe um feitiço. Um raro feitiço de aprisionamento de alma que talvez eu seja capaz de conjurar – todos os presentes pareceram olhar para Alverus com a atenção que ele não recebeu desde o começo da reunião – ele é complexo e precisa ser feito no exato momento em que o corpo de Ferumbras se separar da alma.

— Ah, então será desta vez que o velho Alverus sairá da torre de mármore para a batalha?

— Sim, Sogo – respondeu o diretor mantendo a calma - Creio que cada um de nós será necessário nesta batalha.

— Eu to morrendo de vontade de sentar um “Flame Hur” na fuça daquele desgraçado – completou o mago roxo.

— Você não vai enfrentar Ferumbras, Sogo.

— Não?! Como não?

— Parte do feitiço acontece no local da separação do corpo e da alma. A outra parte no local onde ele será aprisionado. E é para onde você vai, junto com Gundralph e Puffels.

— Quê?! Cê só pode estar maluco!

— Eu não vou com essa berinjela pra lugar algum, Alverus!

— E o que você vai fazer, roedor? Dar bigodadas cheirando a queijo nos monstros pelo caminho?

— E onde será? – um feiticeiro ruivo que parecia já ter morrido há uns séculos perguntou a fim de continuar a conversa.

— Em sua própria fortaleza. Kharos.

A reunião silenciou-se.


~*~


— Daqui a pouco todo mundo estará lá, inclusive ele. E eu aqui, no meio desse barco indo para uma ilha idiota.

— Shhh, Sogo – retrucou Gundralph.

Puffles estava quieto em cima de um barril parecendo dormir enquanto o barco da Academia se dirigia para Kharos.

— É sério cara, eu queria ver a cara do Ferumbras quando a gente o derrotasse. Imagina um mago do calibre dele pedindo piedade? Aí que eu iria fazê-lo incandescer até produzir luz! Mas não, eu to aqui com um r...

— Sogo, ou você cala a boca ou eu enfio o Puffles nela! – disse Gundralph já impaciente.

— Tá bom, Gun. Eu só queria um pouco de ação. Só isso.

— Queria ação? A gente tá indo pra uma torre infestada de demônios e dragões e você quer ação?!

Sogo emburrou-se e cruzou os braços, mas não permaneceu por muito tempo revirando isso. Quando se aproximaram da cidadela de Kharos até mesmo Puffles, que fingia dormir, deixou sua mandíbula cair. A torre se erguia medonha no meio da ilha, dela irrompia jatos de fogo por janelas que não existiam, trovões desciam de uma nuvem negra que pairava sobre a construção e uma aura macabra parecia absorver a confiança e coragem dos três.

— Acho que eu prefiro Ferumbras.

O barco se aproximou do que parecia ser um pequeno porto e eles desembarcaram.

— Como vocês sabem, temos que espalhar os selos pela torre – Gundralph começou a repassar o plano – Vamos tentar fazer isso sem que ninguém perceba, embora seja impossível não entregar nossa posição até o final no nosso objetivo. Devemos fazer o que pudermos para colocar selos em todos os andares e o último deles no alto da fortaleza - os ouvintes anuíram.

Os três conseguiram invadir o térreo da torre através de uma pequena passagem encontrada por Puffels. Vários demônios, dragões e necromantes guardavam o lugar.

Por mais estranho que pareça, Sogo vestindo roxo conseguia ser mais furtivo que uma mosca em dia de “Itens de graça” nos depósitos. Ninguém sabia muito bem como ele fazia isso, mas foi um dos motivos pelos quais Alverus escalou-o para a missão.

O mago pegou um dos selos das mãos de Gundralph e como se estivesse andando no meio de ovelhas, atravessou os vigilantes até chegar à parede indicada, usou sua magia para cravar o pedaço de papel na pedra e caminhou até a escada que levava ao primeiro andar. Puffels e Gundralph, não com a facilidade de Sogo, conseguiram alcançá-lo causando somente uma briga entre dois elementais de fogo.

A investida à torre começou fácil. Talvez a maioria dos demônios estivesse nas Planícies do Caos com Ferumbras e foram deixados para guardar sua fortaleza aqueles que não fariam falta em sua frente de batalha. Prosseguiram para o primeiro andar. O plano parecia estar indo bem. Sogo pegou o segundo selo e conseguiu cravá-lo na parede por entre as pernas de um Behemoth. Os dois vieram em sua cola enquanto corriam para a escada que os levaria adiante. Perto do destino, um Lich pisou no rabo de Puffels.

— O que temos aqui? – ele pegou o rato pelo rabo com a ponta dos dedos, cheirou e riu – Um rato mágico? Hoho. E veja se não é o ratinho de estimação de Alverus?

— Me solta, seu zumbi metido a feiticeiro.

— Ui, engraçado que alguém na sua posição ainda se proponha a ofender alguém, rato. Espero que você não me cause azia.

O Lich pôs-se a levar Puffels à boca, mas antes que seus dentes pudessem partir o rato em dois, Sogo pulou sobre sua cabeça e com as duas mãos, uma em cada têmpora do necromante, gritou.

— Exori Flam!

A cabeça do Lich explodiu e Puffels foi arremessado para o chão e o quanto antes se colocou a correr. Desta vez, tinham um andar inteiro de demônios aos calcanhares. Quando subiram os primeiros degraus, Gundralph conjurou uma enorme parede mágica impedindo os monstros de prosseguir.

— Boa, Berinjela – disse Puffels ofegante quando pararam de correr. Sogo pôde perceber em seu pequeno focinho que ele estava sorrindo.

— Não foi nada, roedor.

Eles subiram devagar para o último andar antes da sala de Ferumbras, provavelmente os demônios estavam em alvoroço devido à confusão no andar inferior. Quando alcançaram os pares de degraus que os levavam ao salão, presenciaram uma das cenas mais bizarras que pudessem ver em vida. O silêncio comandava o lugar, havia várias mesas e cadeiras grandes espalhadas pelo espaço e vários demônios com seus copos dourados e cartas de baralho em mãos. Todos olhavam raivosos para os três que acabam que chegar. Apenas um dos demônios estava distraído gritando “Full House” e puxando uma pilha de moedas de platinas para si.

— Er. A gente pode entrar na próxima mesa?

O instante seguinte preencheu o ar com explosões. Pedaços de madeira misturados a cartas de baralho saltavam pelo ar enquanto os demônios se agitavam e tentavam encontrar seus alvos. Sogo correu o mais rápido que pode, Puffels vinha em seu encalço. Ele cravou o selo na parede e já se aproximava da seção de escadas que os levariam para a sala de Ferumbras. Nenhum dos dois tinha visto Gundralph. Ao pé da subida, roedor e berinjela procuravam o companheiro.

— Lá, Sogo. Perto da torre amarela – disse Puffels segundos antes de ver Sogo correr.

O rapaz pegou Gundralph pelo braço e colocou-o nas costas. O mago parecia estar em transe. Quando chegaram à escada, ele piscou e seus olhos voltaram. Ainda atordoado se apressou a dizer com a voz rouca:

— Deu certo. Ele foi derrotado e sua alma está vindo.

No instante que se passou raios de energia causaram uma enorme explosão vinda do andar de cima. Os demônios pararam de imediato, era possível ver alguns deles exalando medo. A alma de Ferumbras estava na torre e não parecia estar calma.

Os três subiram a escadaria com os demônios que tiveram coragem de prosseguir vindo logo atrás. A sala representava um caos mágico. Objetos se desfaziam e se montavam a todo momento. Mesas e cadeiras flutuavam em órbitas rápidas. Faíscas de energia mágica explodiam e destruíam o que tocavam.

Ele notou os três intrusos.

— MAGOS MALDITOS – no alto da torre pairava uma massa amorfa que lembrava lama. Ela borbulhava e originava as faíscas que destruíam a sala enquanto gritava com uma voz repleta de morte.

Os pelos de Puffels se eriçaram e no instante seguinte ele saltou para o lado, um raio explodiu o local onde ele estava. Sogo corria para colocar o penúltimo selo e Gundralph se ocupava com os demônios que subiram as escadas.

— Consegui – gritou Sogo antes de ser atingido com uma mesa que orbitava na sala. Ele caiu tonto, mas conseguiu se levantar sem demora.

Os três se olharam naquela pequena fração de tempo. Faltava o último selo. Aquele que deveria ser colocado no ponto mais alto da torre. Puffels correu até Sogo, puxou dele o último selo com os dentes e correu pelo salão, desviando-se dos raios e dos objetos que tentavam acertá-lo, mas não foi veloz o bastante, foi atingido e tombou. Sogo chegou até o rato e segurou-o nas mãos para continuar a fugir.

O rato permaneceu desacordado por alguns segundos, mas abriu os olhos com a voz do mago trajando roxo estourando em seus ouvidos.

— Eu vou te arremessar! – e se abaixou para desviar de um raio – Segura bem esse selo. É a nossa última chance, Puffels!

Puffels.

Os raios se tornaram mais intensos. Sogo corria dando voltas na sala enquanto Gundralph travava os demônios com sua magia.

Sogo pulou sobre uma mesa que girava em órbita lenta, flexionou os joelhos e saltou. Saltou o que o infinito de suas pernas permitiu. Ele nadou pelo ar mágico até atingir o ponto mais alto. Um raio negro transpassou seu peito em seu vértice e mesmo com a dor, usou a força que seus braços permitiram para arremessar o mais longe que podia o roedor.

Puffels fez um vôo certo e no segundo em que permaneceu em contato com o pico do telhado da torre murmurou as palavras que fixaram o selo. Agora vinha a queda, a silenciosa queda para o chão. Puffels caiu junto ao cessar dos gritos de morte da alma de Ferumbras. O fim da descida colocou seu corpo junto ao de Sogo que jazia morto com um buraco negro no peito. O rato caminhou, mesmo os ossos que se quebraram no impacto, e subiu sobre o amigo. As lágrimas que despencaram desceram brilhantes através dos pelos e junto aos murmúrios do roedor caíram no peito de Sogo. Seus olhos fecharam e ele dormiu por dias.


~*~

Em reunião posterior, Alverus declarou que talvez o feitiço de selamento de alma não tenha funcionado com eficácia em Ferumbras, pois ele nunca havia visto uma alma tão inquieta. Essa informação preparou a população de Tibia, que no futuro não se abalou com sua volta décadas depois. O estranho é que o poderoso mago nunca conseguiu se reerguer com a força que tinha e muito menos deixar sua torre a fim de espalhar todo o terror que propunha.

O que ninguém sabia é que o último selo que Puffels fez aquele dia não foi no alto da torre, tampouco estava em Kharos. O último selo, aquele que detinha a força de Ferumbras e o manteve preso para sempre em sua cidadela, estava em Fibula, a sete palmos abaixo do solo, dentro de uma berinjela.

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Samuel
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MensagemAssunto: Re: Kharos Selada   Kharos Selada EmptySeg Nov 04, 2013 10:50 am

Eu li essa história fantástica antes de todo mundo.
Xorem, invejozas
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Gilles
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MensagemAssunto: Re: Kharos Selada   Kharos Selada EmptySeg Nov 04, 2013 11:16 am

Obrigado, Samuel. Eu não acho ela fantástica. Acho na verdade meio boba...
Mas gosto tanto dela ;3
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Samuel
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MensagemAssunto: Re: Kharos Selada   Kharos Selada EmptySeg Nov 04, 2013 11:18 am

Eu lembro dela até hoje, cara. Eu achei muito linda.
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Livia Guedes
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MensagemAssunto: Re: Kharos Selada   Kharos Selada EmptySeg Nov 04, 2013 12:30 pm

Fodalístico, Gilles Smile
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Dan
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MensagemAssunto: Re: Kharos Selada   Kharos Selada EmptySeg Nov 04, 2013 12:37 pm

Livia fez 18 e começou a usar o linguajar de rua. Tsc.
Do caralho, Gilles!
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