O Amuleto do Destino

Prologo


Anoitecia. Mas não só por isso cessava a agitação e gritaria no centro da grandiosa Thais, onde se encontravam desde mercadores até ladrões procurando seus alvos. O bar de Frodo, como sempre, fervia com os altos lances dos jogos de dado, com os beberrões que não saiam do balcão e com as lindas moças que se apresentavam num evento musical no palco montado.
- Eu quero trinta moedas, aposto!
- Hei, Astinos, vai com calma, está perdendo a noção... – disse um rapaz com seus cabelos escuros, face calma e voz séria, apesar da bebida ingerida.
- Vá, Bruno, não se meta! Você já saiu a um tempão do jogo e quer dar palpites?
- Eu saí porque eu quis, não porque perdi meu dinheiro.
Em meio ao som alto do local, Astinos levantou-se da mesa, visivelmente alcoolizado, e pior, irritado.
- Escute aqui, seu Elvelius de merda, quer me ensinar a jogar então?
Antes que o homem de meia idade pudesse avançar no amigo, os companheiros de jogo levantaram-se em seguida e o seguraram. Bruno pediu mais uma dose ao garçom e a deu a Astinos, que se acalmou momentaneamente.
- Volte a jogar então – disse Bruno, esboçando um sorriso.
- Obrigado Elvelius. Vou aceitar a bebida como desculpas!
Não muito longe da agitação do bar, estava o portão norte da cidade, com seu sentinela. A planície em frente estava coberta pela escuridão da noite. Por ela cruzava, neste momento, um homem, montado num cavalo branco, com vestes de mesma cor, porém coberto por uma capa de couro de minotauro. O rumo do individuo era a metrópole.
_ Alto! Já é tarde, viajante, precisa se identificar – disse o guarda.
Tirando o capuz, revelou-se um velho de barba e cabelos brancos. Tirou as mãos de baixo da capa e as juntou, falando algumas palavras em idioma estranho. O sentinela caíra dormindo instantaneamente.
- Sou o mago branco, agora, se me dá licensa, tenho negócios a fazer – disse o homem, adentrando à cidade.
Tinha uma feição séria. Certificou-se que ninguem havia visto o acontecido e foi logo amarrar seu cavalo em uma ruela ali próxima e escondida.
- Agora é questão de tempo até ele estar em minhas mãos – falou com uma voz grave e ligeiramente rouca.
Do bar de Frodo, saíam neste momento os dois amigos que antes jogavam.
- Bruno, devia ter me tirado do jogo! Perdi tudo!
- É Astinos, perdão. Eu nem tentei fazer isso – respondeu Bruno ironicamente.
- Já sei! Vou vender aquela espada que achei ontem para o ferreiro e voltar para aquele bar para recuperar meu patrimônio!
Bruno levou as mãos à cabeça e nada respondeu. Apenas acenou ao amigo, se despedindo.
***

- Estamos perto, preparem as espadas, cordas e canhões.
***

Da escuridão da planície, surge um velho tentando andar com seu burro, um animal desgastado quase que completamente. Vestia uma capa azul e seus cabelos e barba compartilhavam da mesma cor.
Não é que eu achei a cidade? Meu senso de direção é realmente incrível! – falou o velho passando pelo guarda desacordado. Se dirigiu a uma ruela próxima e escondida para amarrar o burro.
- Que desgraça, ele sempre chega primeiro – resmungou o velho após ver um animal branco amarrado próximo de onde ele estava amarrando o seu. Após isso, tirou uma varinha da cintura.
- Hora da ação.
A madrugada passava e a cidade ficava cada vez mais silenciosa, com excessão do bar, onde alguns bebuns ainda resistiam. No centro da metrópole se encontrava um casarão, onde uma luz acesa no segundo andar revelava um homem com uma enorme barba ruiva e seus cabelos longos da mesma cor, debruçado na janela. Em uma posição alta, onde estava, podia ver as ruas da cidade, quase vazias.
- Eles demoraram para chegar. Pensei que faria tudo sozinho – falou o homem.
Saiu da janela em direção à cama, onde pegou sua capa vermelha, vestiu-a e, saindo do quarto, dirigiu-se até as escadas. Após sair do segundo andar, atravessava o corredor central do casarão, onde uma porta de outro quarto estava meio aberta. Passou por ela, rumo a saída.
- Aonde vai a uma hora dessas, Corvolo? – perguntou alguem de dentro do quarto.
- Bem, vou dar uma volta... Não consigo dormir. Mas não se preocupe, Paul.
Continuou seu caminho pelo corredor até sair do casarão de sua guilda pela porta da frente.
- Merda, ele vai me seguir – falou Corvolo, num tom extremamente irônico.

Eu ri um pouco. Gostei cara, continuaaa!
No aguardo dos próximos.


Canhotaço.

Muito boa historia, mas acho que precisava de uma apresentação melhor que está, ficou um primeiro capitulo bem seco. Faz-se necessidade de um prólogo ou algo do tipo...

Depois mostro uns errinhos que cometeste, mas nada que comprometa o texto.

Bons tempos lá no board de historias do tibiabr. Parabens e até.

Interessante, eu diria.

Porém, tenho alguns comentários a tecer. O primeiro é sobre o título de sua história, ela diz muito sobre o enredo, para os mais perspicazes, é o suficiente para prever parte do que acontecerá.

Outro ponto é a velocidade da narração. Tudo ocorreu de maneira espontânea, mas achei que você poderia ter sido um pouco mais minucioso em alguns detalhes e trabalhado mais em cima de certas ações.

Identifiquei todas as personagens da história, antes mesmo de seu nome ser dito, menos o homem de capa azul. Suspeitei de uma pessoa, mas a varinha me deixou na dúvida, embora o "meu senso de direção é incrível" me lembrou o egocentrismo de alguém.

Ponto positivo para a humanidade de Astinos e Bruno, foram tratados como homens que são, e não como heróis unilaterais.

O velho de capa azul é Nigan Katondart, certo?

Nem li, só dei uma passada de leve porque o Felipe falou que tinha personagens Langobardos. Assim que tiver tempo, vejo com atenção.

Gostei da presença de Astinos e Bruno, eles são a dupla mais legal da Lango.

Edit: Li. Reconheci a todos os personagens. Continue, me deixou curioso.

@wk e zack
eu também fiquei olhando pro texto esperando alguma coisa a mais, fui incopetente e não consegui colocar :s vou tentar daqui pra frente.
@wk
eu senti tudo que você falou, tem razão
@zack
esse é o prólogo, hehe =D

@título da história
eu não imagino qual por, estava numa puta duvida, isso ai é algo provisório até eu achar o título perfeito.

obrigado aos que leram ^^

Adorei o texto, escreveu de uma forma bem legal sobre os langobardos
eu tenho a ideia de fazer um texto sobre oque Gorn viu nesses anos... Não é muita coisa, mas acho que se cada um fizer a visã odo seu personagem sobre o mundo seria algo bom para se ler e lembrar no futuro

Não tem Sorito, não tem graça.