|
|
| Sacada | |
| | Autor | Mensagem |
---|
Convidad Convidado
| Assunto: Sacada Dom Dez 19, 2010 8:08 pm | |
| Fui instigado a compartilhar um conto, e admito que este é um tanto quanto confuso, sendo que abrange mitologia dum ponto de vista real; portanto, quando estes forem mencionados, reflita e não aceite tão brevemente os nomes.
Obrigado. - Citação :
Sacada
Ele acordou numa noite qualquer. Numa dessas de viagens fantásticas e elaboradas visões dum tempo inviável pela pobre realidade. Sonhara que vivia no futuro, ou talvez nem fosse ele mesmo.
Apertou a cabeça com ambas as mãos. Era madrugada, mas não tinha sono. As luzes – luzes aparentes que do além – que esbanjavam uma espécie de reflexo azulado por todo o quarto o atiravam numa espécie de frenesi, uma ansiedade irônica. Sentia vontade de correr pela sala – sim, o rapaz dormia na sala, num sofá-cama em frente à televisão desligada –, mas sabia que se o fizesse, algo terrível aconteceria. Instinto ou sabe-se lá o que, pois, recolhido no fantástico azulado da penumbra de sua sala, temia que lhe fosse tirada’a vida.
Um lunático humano, por assim dizer. Envolto de temores infantis, mas ainda assim, um lunático maduro. Um homem. Um homem-criança. Um humano.
Ele já sabia que se dormisse na sala como almejava, despertaria durante a madrugada, ainda mais em tempos de calor como aqueles, mas nada de papo. Ele queria dormir na sala, em seu sofá-cama, alegando nunca ter dado devida função ao objeto.
Ali, agora, deixando que a segurança da sacada logo ao lado o invadisse por completo junto a um cobertor que levara até o queixo – o que aumentara de grande consideração a temperatura corporal do sujeito –, podia fitar a sala com paciência. Não se parecia nada como era originalmente, à luz do dia. Até mesmo a persiana escarlate da sacada – que cobria uma fina camada de portas de vidro – parecia agora tomada dum acinzentado cruel, imponente.
Tudo era cinza pela ocultação da luz. Azul com variações roxas. A sala havia tomado um aspecto morto, esvoaçado, e por um instante, sentiu-se num filme, pois quando fitava objetos próximos, o foco aos distantes tornava-se borrado, incoerente.
Temia que algo surgisse em meio aos móveis baixos. Mesinhas, retratos, vasos. Conhecia como ninguém a geografia da residência e sem hesitar conseguiria desbravar aquelas terras mesmo sem os olhos, mas aquela iluminação... Aquela iluminação o dava arrepios! A cada momento notava um móvel novo, como se este surgisse do nada, feito filme antigo.
Indagava-se ainda sobre a luz que invadia a residência. Vivia num apartamento, ele. Tudo apresentado duma forma arquitetonicamente européia, apesar de seu país ser argentino. Seu condomínio era desses com piscina e área de lazer. Logo, sua sacada não encontrava-se exatamente sobre uma rua ou um poste. Aquela luz vinha de uma noite sem nuvens, provavelmente. Vinha da lua. Mas vinha só de um lado. Vinha da sua sacada.
Havia uma janela do outro lado da sala, mas ela não ofuscava como sua sacada, por mais que a luz da lua transpassasse o vidro nela embutido. Aquilo não podia ser a lua. A luz da janela era roxa com variações esverdeadas.
Estou enxergando no escuro? Indagou-se, perplexo, mas logo teve sua breve teoria derrubada pela sacada. Era dela que vinha a luz. Não exatamente dela, mas do céu que se encontrava sobre ela.
Pouco importava tudo isso, por fim. Estava corroendo-se de medo, e pouco viria a importar aquela iluminação. Pelo menos era nisso que queria acreditar.
Ao lado dum corredor que conseguia enxergar pela metade, então – cujo tamanho era impossível definir naquele breu – vira um homem de pé, vestido feito detetive clichê, de chapéu d’aba levantada e sobretudo apertado. Sentiu-lhe o calor correr pela espinha até o rosto gorducho de barba mal-feita, e logo vieram-lhe as pontadas sutis do medo que lhe lotaram a pele de suor.
Recostou-se em seu sofá-cama apertando as mãos cunhadas em punhos contra pescoço, mas infelizmente a ilusão durara pouco. Lembrara-se de que ali havia um cabide, e por mais que continuasse a ver o homem ali, tinha certeza de que era uma figura inanimada. Uma ilusão sombria.
Um suspiro lhe escapou e decidiu buscar pelo controle da televisão. Afinal, estou sem sono, balbuciou longas letras junto a um suspiro inevitável. O controle remoto estava no chão, no tapete esbranquiçado e felpudo. Praguejou em silêncio. Teria de pegar o objeto, e o medo ainda o assombrava. O escuro era onipresente. A não ser pela sacada.
Aguardou, então, alguns segundos fitando o vazio, até que então arriscou um movimento ágil que o faria girar para o lado do controle sem enroscar-se em seu edredom. Infelizmente ocorreu-lhe exatamente o contrário. Praguejou uma segunda vez, e na tentativa de livrar-se daquele abraço fóbico de pano, acabou por cair no chão, batendo a cabeça na mesinha de ferro logo ao lado.
Rasgou-lhe a sobrancelha. Sabia, no entanto, que a dor só viria depois. Era como chocar o dedo do pé contra a parede, por exemplo. A dor não era instantânea.
O resultado não era animador, no entanto, o edredom ainda o prendia e seu alvo encontrava-se embaixo de si. Virou-se para a esquerda e levemente movera três ou quatro tiras verticais da persiana escarlate. Notara que por entre estas, esboçara visualmente a tal da iluminação azulada.
Não tinha brilho forte, na verdade, era leve, mas parecia provido duma energia tão imensa, que iluminava toda a penumbra da noite. Notara, por conseqüência, que sua sala estava mais escura do que deveria. Apesar de ainda clara, as luzes que havia do lado de fora eram suficientemente poderosas para iluminar toda a residência e revelar a identidade do cabide vestido como um detetive clichê.
O que diabos era aquilo, ele não podia explicar daquele ângulo. O calor era infernal, e desde quando havia tomado proporções tão exageradas, ele não podia dizer. O medo do escuro o havia abandonado, por fim, e o jogo havia virado. Não era mais o escuro que temia, mas a luz da sua sacada.
Imaginara milhares de hipóteses na velocidade do pensamento buscando compreender donde viriam aquelas luzes. Já sabia que vinham do céu, mas quem seriam seus provocadores? Alienígenas? Os anjos? Deus?
Levantou-se.
E a cada movimento de músculo para mover as persianas, abrindo-as de forma a apresentar a sacada, pareciam intermináveis segundos, ou até menos que isso. O barulho dos ganchos escorrendo. O alumínio agudo e mais nada. Logo depois, a porta de vidro, que escorria feito chuva, num som grave.
Longos passos. Um após o outro até a beira da sacada. Tudo parecia extremamente vivaz ao lado externo. A pia de mármore ao lado da churrasqueira brilhava intensamente refletindo todas as cores visíveis ao olho humano.
Ainda não havia fitado o céu, mas até onde via, lembrava-se da alvorada. Todos os prédios ao redor ainda estavam tomados pela sombra da noite, mas ainda assim, havia luz.
Notou também que haviam outras pessoas em suas sacadas e sobre os prédios mais baixos, todos fitando o céu que ele ainda não tinha visto. Àquela altura, imaginou-se na presença dum evento. Não só de um acontecimento, mas de um evento.
Levando os finos e esbranquiçados dedos, por fim, até a beira negra da sacada, debruçou-se sobre esta e fitara o céu com os olhos cor-de-mel, molhados, refletindo as luzes lá em cima.
São as valquírias, gemeu, ele. O que existia lá em cima era uma dança de luzes tenazes, variando de forma a sugerir gradiente. Eram as mensageiras de Odin cavalgando ali naquelas terras tão baixas, sugerindo grande quantidade. Um enxame dela, via-se pelas luzes.
O rapaz limpara o suor da testa. Não havia, de fato, nenhuma mulher a cavalgar nos céus.
É o Ragnarök. Pôs-se a gargalhar. |
| | | Y2J Mais de 3000?! Sem ss é fake!
Ficha da Personagem Personagem: Vocação:
| Assunto: Re: Sacada Dom Dez 19, 2010 8:17 pm | |
| ótimo conto.. final divertido : ( ) | |
| | | Convidad Convidado
| Assunto: Re: Sacada Dom Dez 19, 2010 8:24 pm | |
| - Y2J escreveu:
- ótimo conto..
final divertido : ( ) Muito obrigado pelo comentário, mas só por pesquisa, você entendeu a questão da inversão dos pólos e o aquecimento global? |
| | | Y2J Mais de 3000?! Sem ss é fake!
Ficha da Personagem Personagem: Vocação:
| Assunto: Re: Sacada Dom Dez 19, 2010 8:28 pm | |
| - Lovrenat Luphenno escreveu:
- Y2J escreveu:
- ótimo conto..
final divertido : ( ) Muito obrigado pelo comentário, mas só por pesquisa, você entendeu a questão da inversão dos pólos e o aquecimento global? sim sim.. aurora boreal, não? | |
| | | Convidad Convidado
| Assunto: Re: Sacada Dom Dez 19, 2010 8:34 pm | |
| - Y2J escreveu:
- Lovrenat Luphenno escreveu:
- Y2J escreveu:
- ótimo conto..
final divertido : ( ) Muito obrigado pelo comentário, mas só por pesquisa, você entendeu a questão da inversão dos pólos e o aquecimento global? sim sim.. aurora boreal, não? Exato. Aurora boreal na Argentina. Isso só acontece com a inversão do pólos - a não ser que seja a Aurora Australis, se não me engano -, ápice do aquecimento global - vide Ragnarök, fim dos tempos. (Alguém me corrija se estiver errado quanto a tal possibilidade da Australis na Argentina, por favor.) A idéia foi mostrar como o Ragnarök no ponto de vista mitológico - com as Valquírias guiando os Einherjars e tudo o mais - coincide com a idéia dum apocalipse por catástrofe climática. |
| | | Convidad Convidado
| Assunto: Re: Sacada Ter Dez 21, 2010 1:29 am | |
| - Lovrenat Luphenno escreveu:
- Exato. Aurora boreal na Argentina. Isso só acontece com a inversão do pólos - a não ser que seja a Aurora Australis, se não me engano -, ápice do aquecimento global - vide Ragnarök, fim dos tempos.
(Alguém me corrija se estiver errado quanto a tal possibilidade da Australis na Argentina, por favor.)
A idéia foi mostrar como o Ragnarök no ponto de vista mitológico - com as Valquírias guiando os Einherjars e tudo o mais - coincide com a idéia dum apocalipse por catástrofe climática. Olá Lovrenant! Gostei bastante do conto, mas tenho comentários (claro). Eu não gosto muito de textos que busquem referências externas de difícil compreensão como é o caso da relação mitológica (em Valquírias, Odin e Ragnarok). Como o texto foi postado aqui no fórum e provavelmente muitos (senão todos) conheciam a referência, tudo bem. Mas em uma publicação com público mais abrangente, talvez fossem necessários comentários, ou seja, uma parte preliminar da análise literária onde são explicadas as palavras e referências externas. Gostei muito da narração mas tenho algo contra a conjugação verbal de "ficara" (pretérito mais que perfeito). Acho que é muito usada em textos traduzidos, mas fica estranha em textos originalmente redigidos em português. Adorei o final também. Sou jogador viciadissimo em Ragnarok e adoro tudo da cultura Nórdica, logo me identifiquei com o texto. Ah, sobre a Aurora Boreal no sul, ela é possível se os ventos solares forem muito fortes. Sucintamente, a aurora boreal acontece quando a terra é atingida pelos eletrons provenientes do sol, o famoso vento solar. Os pólos atraem esses eletrons que em contato com a atmosfera (mais ou menos isso) a iluminam. Imaginando de uma maneira mais legal, é como um escudo que recebe um ataque e brilha enquanto funciona sua defesa. Se os ventos solares forem MUITO fortes, o pólo sul também vai brilhar em defesa. Eu gostaria de saber explicar pq o polo norte funciona melhor que o sul para essa tarefa, mas eu não sei. Mas acho que todos temos no subconsciente a ideia de que a aurora só ocorra nos polos, então o fato de ela estar ocorrendo na Argentina parece surreal e 'sonhadora' mesmo para os que não sabem muito sobre o fenomeno. É isso. Parabéns pelo texto. Super acho que você deveria participar daquela coletânea de contos. Melhores Saudações, Leizt |
| | | Convidad Convidado
| Assunto: Re: Sacada Ter Dez 21, 2010 8:21 am | |
| Einherjar? Sacred blade of judgement, become my wings... This is the will of the gods. DISARESTA! |
| | | Convidad Convidado
| Assunto: Re: Sacada Ter Dez 21, 2010 1:28 pm | |
| - Leizt escreveu:
- Lovrenat Luphenno escreveu:
- Exato. Aurora boreal na Argentina. Isso só acontece com a inversão do pólos - a não ser que seja a Aurora Australis, se não me engano -, ápice do aquecimento global - vide Ragnarök, fim dos tempos.
(Alguém me corrija se estiver errado quanto a tal possibilidade da Australis na Argentina, por favor.)
A idéia foi mostrar como o Ragnarök no ponto de vista mitológico - com as Valquírias guiando os Einherjars e tudo o mais - coincide com a idéia dum apocalipse por catástrofe climática. Olá Lovrenant! Gostei bastante do conto, mas tenho comentários (claro). Eu não gosto muito de textos que busquem referências externas de difícil compreensão como é o caso da relação mitológica (em Valquírias, Odin e Ragnarok). Como o texto foi postado aqui no fórum e provavelmente muitos (senão todos) conheciam a referência, tudo bem. Mas em uma publicação com público mais abrangente, talvez fossem necessários comentários, ou seja, uma parte preliminar da análise literária onde são explicadas as palavras e referências externas.
Gostei muito da narração mas tenho algo contra a conjugação verbal de "ficara" (pretérito mais que perfeito). Acho que é muito usada em textos traduzidos, mas fica estranha em textos originalmente redigidos em português.
Adorei o final também. Sou jogador viciadissimo em Ragnarok e adoro tudo da cultura Nórdica, logo me identifiquei com o texto.
Ah, sobre a Aurora Boreal no sul, ela é possível se os ventos solares forem muito fortes. Sucintamente, a aurora boreal acontece quando a terra é atingida pelos eletrons provenientes do sol, o famoso vento solar. Os pólos atraem esses eletrons que em contato com a atmosfera (mais ou menos isso) a iluminam. Imaginando de uma maneira mais legal, é como um escudo que recebe um ataque e brilha enquanto funciona sua defesa. Se os ventos solares forem MUITO fortes, o pólo sul também vai brilhar em defesa. Eu gostaria de saber explicar pq o polo norte funciona melhor que o sul para essa tarefa, mas eu não sei.
Mas acho que todos temos no subconsciente a ideia de que a aurora só ocorra nos polos, então o fato de ela estar ocorrendo na Argentina parece surreal e 'sonhadora' mesmo para os que não sabem muito sobre o fenomeno.
É isso.
Parabéns pelo texto. Super acho que você deveria participar daquela coletânea de contos.
Melhores Saudações, Leizt Muito obrigado pelo comentário, Leizt! Confesso com sou um tanto quanto exigente com meus leitores e não gosto de escrever algo que facilite o entendimento destes. Talvez seja um grande erro; isso pode acabar afastando o interesse, mas, no entanto, gosto de escrever o que leve o interessado a buscar por novas referências, principalmente as externas - tenho uma estereótipo pessoal de que uma leitura sem novidades é tempo perdido. Sobre o "ficara", de fato, é mais apurado em livros extrangeiros de "tradução acirrada", e talvez seja exatamente por isso que mais utilize deste. A grande maioria de minha biblioteca possui conhecimento externo, livros de autores como Edgar Allan Poe ou Conan Doyle - fora as milhares de crônicas escritas por Rubem Braga, das quais particularmente sou apaixonado -, então creio que possua uma espécie de estímulo para escrever como o faço. Admito que não é de um estilo muito brasileiro, e com frequência sinto por isto. Sobre a tal da Aurora Boreal, que me lembre, as auroras do hemisfério norte são borealis e as do sul são australis. Fazendo uma análise por cima, é fácil concluirmos que o dito "boreal" é muito mais comum que o "australis" exatamente pela população, tendo em mente que os povos humanos sempre estiveram mais ao norte do planeta, possuindo assim um maior foco nas luzes desta região. Dei uma pesquisada antes de escrever o texto, e pelo que entendi, é possível ver auroras australis ao extremo sul da Argentina, mas não as borealis, que só seriam possíveis de se ver com a inversão dos pólos, ou seja, um estado avançado do aquecimento global - cujo particularmente acredito ser um processo natural do planeta. Quis dar uma idéia de que o protagonista não vivesse tão ao sul, e que aquela imagem para ele fosse um fenômeno de tremenda importância, visto que fazia um calor infernal naquele tempo - tal que acredito ser no futuro. Novamente, muito obrigado pelo comentário, sua crítica é importantíssima para mim. (: - The Facepalm Fap escreveu:
- Einherjar?
Sacred blade of judgement, become my wings... This is the will of the gods. DISARESTA! Einherjar são os "Mortos Gloriosos", "Guerreiros de Odin". São guerreiros - os mais bravos destes - escolhidos pelas valquírias e levados à Valhalla, em Asgard. Festejariam durante a noite e lutariam durante a manhã para que estivessem prontos quando o Ragnarök chegasse. |
| | | Convidad Convidado
| Assunto: Re: Sacada Ter Dez 21, 2010 1:40 pm | |
| - Citação :
- The Facepalm Fap escreveu:
- Einherjar?
Sacred blade of judgement, become my wings... This is the will of the gods. DISARESTA! Einherjar são os "Mortos Gloriosos", "Guerreiros de Odin". São guerreiros - os mais bravos destes - escolhidos pelas valquírias e levados à Valhalla, em Asgard. Festejariam durante a noite e lutariam durante a manhã para que estivessem prontos quando o Ragnarök chegasse. Mas também é a Diviner do Ein. =D |
| | | Convidad Convidado
| Assunto: Re: Sacada Ter Dez 21, 2010 9:48 pm | |
| Conhecia tanto a Diviner quanto a do Ragnarok. Fiquei com uma vontade danada de jogar de novo depois de ler isso.
Amo as crônicas de Rumbem Braga, especialmente "Aula de Inglês". A coisa da conjugação verbal talvez esteja presente de vez em textos contemporâneos brasileiros. Algo que eu não queria que acontecesse já que passa uma erudição excessiva. O que eu não gosto é que textos como os de Edgar Allan Poe (que você cita) não tem linguajar erudito como suas traduções.
Mas acho que o público brasileiro precisa que o texto fale difícil para se interessar por ele.
Melhores Saudações, Leizt |
| | | Convidad Convidado
| Assunto: Re: Sacada Ter Dez 21, 2010 10:33 pm | |
| Mesmo? Eu pensei que os textos de Edgar Allan Poe fossem eruditos no inglês tradicional da mesma forma tal como Shakespeare. Não são?
Ah, e sobre os brasileiros se interessarem por linguajar complexo, não concordo, eu mesmo aprecio textos escritos duma maneira mais coloqual como os de Manuel de Barros e sua "agramática" infalível, e tais os próprios textos de Isaac, aqui no forum.
A grande maioria dos leitores de meus textos, inclusive, costuma reclamar da complexidade das palavras e clama por contos mais populares. |
| | | Convidad Convidado
| Assunto: Re: Sacada Ter Dez 21, 2010 10:59 pm | |
| Os contos de Poe em inglês originais são coloquiais para a época. Qualquer leitor de inglês em nível básico não teria dificuldade nenhuma com os textos.
Quanto à traduções refletirem um aspecto mais erudito é só pegar livros de grande sucesso como exemplo. A série Crepúsculo teve que ser quase refeita para edição em português. No original, a Bella usa palavras coloquiais e na tradução ela é muito mais erudita.
Melhores Saudações, Leizt |
| | | Conteúdo patrocinado
| Assunto: Re: Sacada | |
| |
| | | | Sacada | |
|
| Permissões neste sub-fórum | Não podes responder a tópicos
| |
| |
| |
|