Coleção Lágrima de Uman & Fúria de Zathroth.

Joseph Warrock Blackworth, "The Butcher".
Joe nasceu em Calcanea, uma pequena aldeia próxima à Fibula, parte do Reino de Thais. Era filho de um desertor do exército real de Thais, John Warrock, e de Eliza Blackworth, filha de Don Alphonse Blackworth de Calcanea.

Órfão de pai aos 8 anos, foi levado para Thais, onde se tornou amigo e companheiro do príncipe Tibianus II. Sua educação se fez no monastério de Norf, recebendo ensinamentos sobre letras e leis.

Logo após completar 16 anos, Joe alista-se nos Cadetes da Guarda de Thais e decide tomar o nome de sua mãe, Elizabeth Blackworth, por empréstimo. Com eleito, a Família Blackworth era mais prestigiada na Corte de Thais que a de seu pai. Master at Range, general do guarda do Rei, coloca-o na "Red Legion" da Guarda de Thais, locada em Carlin. Sua entrada na Red Legion, com a proteção de seu avô Don Alphonse Blackworth, junto com seu amigo, Tibianus II, príncipe de Thais e futuro Rei.

Com a morte de Tibianus I, o reino foi dividido entre seus filhos. Ocorre que o príncipe Tibianus II não concordou com a divisão e passou a lutar pela reunificação e ampliação da herança paterna, sob sua coroa, e nessa luta, contou com a ajuda de Joe, nomeado Alferes do reino. Com a confiança em alta e Tibianus II no poder, Joe opta por voltar a usar o sobrenome de seu pai.

Joe tinha 20 anos quando venceu, em combate singular, o general de Mitwallin, Murius, façanha que lhe valeu a alcunha de "The Butcher", e já no ano seguinte começou a ser conhecido como Joe "The Butcher" Warrock, entre os moradores de Thais e Fibula.

Investindo contra o irmão, Tibianus II tomou-lhe o reino de Thais e, em seguida, voltou-se contra a guarda, empreendendo o cerco de Thais. Foi durante esse cerco que ele foi assassinado, a traição, por Harkath Bloodblade, suspeito de ser agente de de seu irmão Tibianus III.

Logo após o incidente, Harkath Bloodblade foi condecorado como o novo general da armada real de Thais.

O príncipe Tibianus II não deixou herdeiros e Tibianus III tornou-se rei de Thais. Mas só foi coroado depois de prestar o Juramento, exigido por Joe, eximindo-se de qualquer envolvimento na morte do irmão.

Após esse episódio, as relações entre o rei Tibianus III e Joe se foram tornando cada vez mais tensas, até que, Joe foi exilado, pela primeira vez, de Thais.

Tibianus III rapidamente enviou os outros representantes de Thais de volta, retendo apenas Joe em Carlin. Entretanto, Master at Ranger entrava em Carlin com a Red Legion que, por seis dias, devastaram a cidade e massacraram grande número de partidários de Carlin. Instalou-se, então, um governo apoiante do reinado de Thais, e Chester Kahs foi nomeado chefe do Tibian Bureau of Investigation (Comando Tibiano de Investigação). Joe foi condenado, em Carlin, ao exílio por dois anos, além de ter todos os seus bens confiscados. Ainda em Carlin, o rei Tibianus III "sugeriu-lhe" que aí se mantivesse, sendo considerado, a partir de então, um proscrito. Não tendo pago a multa, foi, por consequência, condenado ao exílio perpétuo. Se fosse, entretanto, capturado por soldados de Thais, seria sumariamente executado, queimado vivo.

O nobre Joe participou em várias tentativas para repor os druidas no poder, em Carlin, no entanto, devido a diversas traições, todas falharam. Joe, amargurado com o tratamento de que foi alvo por parte dos seus inimigos, afligia-se também com a inacção dos seus antigos aliados. Declarou solenemente, na altura, que pertencia a um partido com um único membro. Foi nesta altura que começou a fazer o esboço do que viria a ser o livro (Fúria Zathroth & Lágrimas de Uman), constituído em sete partes, ("Erich de Calcanea", "O Basilisco","Terra Nova", "Guerra dos Deuses", Fúria de Zarthorth", "Lágrimas de Uman" e "Morte").

Foi para Venore, onde foi hóspede de Tidus, mudou-se para Greenshore, depois, supõe-se que terá vivido algum tempo em Carlin com Marlinda, que o acolheu de forma calorosa (o que, mais tarde, será referido de forma agradecida). Algumas fontes afirmam que teria estado em Fibula [carece de fontes]. Outras fontes, menos credíveis, porém, dizem que teria ido até Kazordoon [carece de fontes].

Os druidas invadiam Thais ao comando de Marlinda. Joe viu neles a hipótese de se vingar. Escreveu-lhe, bem como a vários druidas de Carlin, cartas abertas onde incitava violentamente à destruição do poderio da Red Legion. Misturando religião e assuntos privados, invocou a ira divina sobre a sua cidade, sugerindo como alvo principal do desagrado de Tibianus III.

Em Thais, Tibianus III perdoou a maior parte da Red Religion que estavam no exílio, permitindo-lhes o seu regresso. Joe, no entanto, tinha ultrapassado largamente os limites toleráveis para o partido vermelho nas suas cartas a Marlinda, pelo que o seu regresso não foi permitido. Com a carta em posse de Tibianus III, morreu a esperança de Joe de rever a sua cidade. Voltou para Venore onde Tidus lhe permite viver seguro, confortável e, presume-se, com alguma prosperidade.

Marlinda invadiu Thais com os druidas, derrotando a "Red Legion". Não há, no entanto, qualquer evidência de uma possível participação de Joe no evento. Há quem diga que Joe se recusou a participar num ataque à sua cidade ao lado de Marlinda. Outros, porém, sugerem que o seu nome se tinha tornado incómodo para os próprios druidas, pelo que qualquer traço da sua passagem foi prontamente apagado para a posteridade

Thais foi obrigada, por Baxter (oficial militar que controlava a cidade) a outorgar anistia a todos os exilados. Joe constava na lista daqueles que deveriam receber o perdão. No entanto, era exigido que estes pagassem uma determinada multa e, acima de tudo, que aceitassem participar numa cerimónia de cariz religioso onde se retratariam como ofensores da ordem pública. Joe recusou-se a semelhante humilhação, preferindo o exílio.

Quando Tibianus III retorna a Thais deixando Carlin livre de seus exercitos, a sentença de morte que recaía sobre Joe foi comutada numa pena de prisão, sob a única condição de que teria de ir a Thais jurar solenemente que jamais entraria na cidade. Joe não foi. Como resultado, foi oferecido 800.000 peças de ouro por sua cabeça.

Joe ainda esperou, mais tarde que fosse possível ser convidado por Thais a um regresso honrado. O exílio era como uma segunda morte, privando-o de muito do que formava a sua identidade. Dizem que em alguns de seus poemas, Joe refere o quanto era doloroso para si a vida de exilado. O rei Tibianus III negou qualquer possibilidade da volta dele, declarando Joseph Warrock Blackworth fugitivo e herege.

Anos depois do fato ocorrido, Joe cria uma grande trama para se vingar dos seus inimigos, assumindo vários nomes como Sir Godard de Venore, Lord Foucault, em Carlin, e também o misterioso Leon Tolstoi de Edron. Sempre sendo reconhecido e correndo um grande risco de vida, ele toma medidas drásticas, causa fraturas por todo seu rosto até que ele fique completamente desfigurado, decide então se muda para Cormaya no papel de Erich, sendo mais tarde conhecido como Lorde Erich de Cormaya, uma alusão a sua antiga obra calcaneana, que conta a história de um nobre cavaleiro que desafiou até mesmo os deuses para salvar o seu lar.

Com a morte do rei Tibianus I e a divisão do reino a seus filhos, Tibianus II confia a Joe uma missão que marcaria seu nome para sempre na história de Thais, sendo assim ele opta por usar o nome de seu pai novamente, voltando a ser conhecido como Joe Warrock. Com a confiança em alta, Joe liderara uma delicada missão de resgate a um prisioneiro em Mintwallin. Começa um longo período de estudo da área e suas fraquezas, no dia seguinte, Joe Warrock aborda os portões de Mintwallin com seu exercito e se depara com o imenso exercito de Mintwallin, Joe grita para a Markwin sair e enfrentá-lo em um combate a moda antiga, valendo a liberdade do prisioneiro para Thais, e para Mintwallin a retirada da tropa de Thais de suas terras. Markwin sabe que terá que enfrentá-lo sozinho, por isso ele manda o mais hábil guerreiro em seu lugar para enfrenta-lo, em seguida, Murius, O general de Mintwallin aparece a frente do exercito, os guerreiros de Mintwallin em coro aclamam o seu nome. Os dois travam um duelo equilibrado no início, mas Murius começa a cansar-se, como Joe é muito rápido e forte, ele eventualmente, incapacita-o e apunhala-o no peito com a ponta de uma lança. Ele então arranca-le sua cabeça com uma espada e a crava em sua lança, seu corpo é amarrado ao seu cavalo e arrastado até a entrada norte de Thais, onde ele crava a lança com a cabeça decapitada de Murius sobre o solo fértil de Thais, deixando todos os moradores de Thais chocados. Naquela noite, o reino de Thais elegeria um novo heroí, apelidando-o como "The Butcher".

Muitas maravilhas foram-nos recitadas em antigos contos,
de heróis dignos de valor, de grande astúcia,
de alegrias, festas, de choros e de lamentações;
das batalhas travadas, vidas perdidas e das lendas lembradas.

Cresceu na terra Calcanea um nobre cavaleiro,
tão humilde e hábil que provocava a ira dos deuses,
Erich era chamado, um jovem corajoso.
Prometido desde seu berço, lapidado e moldado por humanos,

Logo Calcanea a terra esquecida,
abandonada e massacrada por seus deuses,
irônia do destino, isso estava escrito,
Zarthroth sucumbiu toda sua fúria,
ardente e sombria,
enquanto Uman, derramava suas lágrimas,
doces e sinceras,

Erich como prometido, livraria Calcanea de sua desgraça,
odiado por Zarthroth e acolhido por Uman,
não importava, sua história seria escrita,
Zarthorth o desafiava para sua terra ser salva,
trazer o corpo de um basilisco, queimado vivo.

Erich não negaria sua missão,
por Calcanea viver,
por Calcanea morrer,
palavras puras e sinceras ditas por Erich antes de sua viagem.
polido pelos humanos, odiado pelos deuses e acima de tudo uma lenda para Calcanea.

Erich estava pronto.
Então Zarthorth,
Deu-lhe uma missão,
Trazer-lhe o corpo do Basilisco,
Como salvação.

Basilisco é tão cruel,
basta fixar o seu olhar,
que seu corpo queimará como fel.

Um ser repugnante e mortal,
Com corpo de serpentes,
Pele escamosa,
Olhos do mal.

Para seu objetivo ser concluído,
Ele precisaria de um deus consigo.

Uman então o ajudou,
Com objetos recebidos por Uman,
Ulrich o matou.

Enquanto o Basilisco dormia,
O espelho Erich, arrumava,
Com o toque do seu banjo,
Basilisco despertava,
Fazendo-o ver seu próprio reflexo,
Seu corpo queimava.

.

.

Fúria de Zarthorth
se fez diante de mim
foi a queda de Calcanea
com a suavidade da jasmim

A fúria de Zarthorth
calou minhas vãs ordens
o domínio neste mundo
foi um harmonioso acorde

A fúria de Zarthoth é melancólica
flui dominante, bruma azulada
é emoçao feito escura água
distância fria, escura, desolada

A fúria de Zarthorth
tem a ira do sangue, era quente
o calor, eu sinto, luminoso
eu vi, o mais rubro sangue

A fúria de Zarthorth
dói-me a voz, dos tantos mandos
do verão em subjugo
corróem-me suaves os cabelos

A fúria de Zarthorth
mora ao lado, é vizinha
e mesmo nos ventos de outono
mostra-me as nuvens mais lindas

Esta maldita fúria de Zarthorth
vem do espaço infinito
o temor do seu poder
no tremor me fará arder

A fúria de Zarthorth
não aceita um sorriso
não aceita um aceno
me aceita longe, sozinho

A fúria de Zarthorth
viaja os céus para longe
nas alturas eu vi Zarthorth
Vi flores, vi horizontes

A fúria de Zarthorth existe
É sua vontade contra meus talentos
Estou errado, como sempre
Gritando a raiva que sinto a tempos.

No céu,
O sol ri espezinhando o chão,
Com desdém natural,
De quem vive só na imensidão.

No chão
Colhe a morte, toda plantação,
Com violência tal,
Que a terra rachada nos nega o pão.

Além
Só o horizonte suado também,
Na promessa do que lá não tem,

E eu
Esperando as lágrimas de Uman,
Só me resta orar pelos meus.
No céu, no chão, além e eu.