Memórias Crônicas da Espada e Escudo [parte 4]

Deitado sobre a luz das estrelas, o espadachim se perde em sorrisos bobos e pede para que suas memórias sejam escritas imediatamente:

-"Fui até a cachoeira e me despi. Meu corpo estava rubro devido ao sague da batalha, eu precisava tirar aquela mácula do meu corpo. Debaixo da queda água me sentei e sinti as fortes pancadas da queda d'água em minhas costas. Com minha espada e escudo repousados em meu colo eu consegui meditar por instantes. Naquele momento eu dei um grande suspiro e parecia que minha respiração não expirava a anos. Me senti tão relaxado que quase adormeci, se não fosse a pedrada que atingiu minha cabeça.

Levantei rapidamente e preparei minha espada e escudo, comecei a procurar o inimigo e percebi alguém em meio aos arbustos. Investi com todas minhas forças, minha lâmina devastou o arbusto, mas o meu oponente conseguiu esquivar, perdendo apenas um pedaço da ombreira de sua armadura.

Então nos encaramos, de um lado estava eu, nu com meu pinto balançando ao vento, do outro, uma mulher trajando a armadura das amazonas e uma espada de duas mãos. Apesar da minha desvantagem nudisda, eu tinha meu escudo, mas precisava igualar o jogo, minha vida estava em risco.

Adotei um postura defensiva, contando com a vantagem do contra ataque, logo ela investiu e eu bloqueei o golpe, revidei com a mira em suas botas de aço. Minha espada estava tão afiada que as botas se desprenderam, os pés da minha oponente estavam desprotegidos, nâo que isso fosse mata-la, mas já era alguma coisa.

Persegui que ela não ficou muito contente, eu não conseguia ver ser rosto, mas seus ataques seguintes foram pesados. A espada de duas mãos que ela usava era destruidora, senti meu escudo sendo amassado a cada golpe, mas não exitei, contra ataquei rapidamente e consegui acertar três golpes em sua armadura, deixando-a sem a outra ombreira e sem as presilhas da esquerda da armadura e da calça. Só me restava atacar o outro lado e a armadura dela cairia, assim minhas chances de mata-la aumentariam.

Ela atacou novamente, mas desta vez nao dei muita sorte, a vadia usou uma habilidade especial e se eu não esquivasse teria perdido meu braço com a mesma facilidade que ela derrubou a árvore que estava logo atrás de mim. A coisa estava ficando séria, eu não podia vacilar. Adotei uma postura ainda mais defensiva, segurei meu escudo com muita força, o impacto veio a seguir, quase perdi o equilíbrio, com toda minha destreza eu ataquei, golpes velozes, mas ela se esquivou, mudei a estratégia para surpreende-la e quando ela ia atacar, arremessei meu escudo com toda minha força, ela não foi atingida, mas desperdiçou um ataque para se livrar do escudo, eu estava logo atrás para pega-la desprevenida, ataquei com golpes rápidos, ela rebolava de um lado pro outro para se esquivar, ela rebolou tanto que eu até acabei ficando de costas pra ela, pensei por um momento que tinha perdido a luta, mas lancei minha espada num golpe especial que atingiu tudo ao redor, minha oponente finalmente foi surpreendida e o barulho de sua armadura caido no chão foi ouvido.

Dei uma cambalhota até meu escudo caído, recuperei-o e voltei para a defesa e tive a oportunidade de observar o belo corpo daquela mulher trajando roupas íntimas, um elmo e uma espada de duas mãos. Meu deslumbre durou pouco, ela me atacou com tanta raiva que meu braço quase quebrou, era tão rapida que não tinha tempo de contra atacar, foram mais de 100 golpes seguidos, quando eu vi uma breça tentei acerta-la, sem armadura o golpe seria fatal, mas para meu azar ela atacou junto e estraçalhou a lâmina de minha espada.

Nesse momento ela parou de atacar, respirou fundo, me observou como uma gata brincando com o rato antes de devora-lo. Então ela erguer a espada de duas mãos sobre a cabeça na intenção de me aplicar o golpe derradeiro, mas eu peguei o escudo e dei uma pancada na cabeça, uma pancada tão forte que ela desmaiou, seu elmo se soltou e revelou seus cabelos dourados, de uma jovem com olhos espressivos..."

O espachim se perdeu em pensamentos calado, ele já não estava mais contanto suas memórias, estava sonhando apenas com o passado.