[Diário Roleplay Exemplo] Alshaad - O Punk

Sol escaldante, clima seco, esterco de camelo, mel de vespas, pouca água e muitos mistérios. Essa é Darama, minha terra natal. Sou de família humilde, meus pais sempre foram escravos, por mais que dissessem que não. Nunca aceitei o fato daquela vida humilde, servir aos poderosos, beber pouca água, cuidar das vespas. Sempre sonhei com grandes riquezas e com a fama.


Por mais que eu quizesse ajudar meus pais, não conseguia, sempre senti ódio daquela vida de serviçal, por esse motivo decidi passar meus dias explorando o deserto, roubando de nômades, caçando vermes da areia, fugindo de dragões, brincando com escorpiões e algumas raras vezes, entrando no território amaldiçoado de Drefia.

Meu pai sempre me achou um vagabundo, ele era da guarda real, um verdadeiro cachorrinho na coleira. Minha mãe morreu jovem, perdida no deserto, ela tinha ido atrás de mim após uma discussão com meu pai.

Depois da fatalidade, decide me tornar um nômade. Não igual aqueles que vivem no deserto, me tornei um nômade sem fronteiras, não haveria obstáculos para mim, seja em Tiquanda ou em Mainland, eu iria andar de lugar em lugar, procurando fama, riquezas e mulheres.


Deixei o deserto para trás, deixei meu pai para trás e levei minha mãe no coração. Ela sempre me entendeu, ele não. Se um dia eu voltar para casa, será quando eu tiver cumprido meus objetivos, mostrando ao meu pai que consegui realizar meus sonhos e que ele estava errado. Se eu não conseguir, nunca mais voltarei para a casa, pois morrerei a morte verdadeira tentando.

O primeiro grande passo dessa minha busca aconteceu bem perto de Darashia, eu já havia saído de casa com minha mochila e pertences pessoais, antes de chegar às montanhas encontrei um homem agonizando, ele tinha sido atacado por nômades, de todos os pertences roubados sobraram-lhe apenas três livros, estes que ele defendeu com a própria vida. Em seus últimos suspiros ele me entregou os livros e pediu-me que os levasse até Spectulus em Edron. Assim eu fiz.

Com todas as minhas economias, paguei uma viajem de tapete mágico até Edron, lá chegando me dirigi imediatamente até as torres da Academia de Magia Moderna Noodles. Encontrei com Spectulus e entreguei-lhe os livros.


Entregar-lhe os livros me rendeu uma boa recompensa, não era ouro nem fama, mas era algo especial, um estilo que condiz com minha personalidade. A partir daquele momento, eu era EU mesmo.

Edron sempre foi conhecida como a cidade dos grandes guerreiros, mansões, toda a burguesia frescurenta. E também dizem que é a terra das oportunidades, claro, ninguém quer quebrar a unha fazendo o trabalho sujo.

Fui falar com o tal de Daniel Steelsoul, ele precisava de alguém para livrar edron de algumas pragas. Eu estava empolgado, sentia o cheiro da fama se aproximando Lá estava ele, dentro do páladio, fazendo ar de imponente, mas cá entre nós, nunca ouvi dizer que ele matou um rato sequer. Com todo aquele jeitão de baitola ele veio com aquela ladainha, dizendo o que é bom e o que não e depois de tanto enrolar veio me pedir para aniquilar alguns... TROLLS!

Eu tinha saído lá do inferno de Darama para matar trolls, não era o que eu esperava de uma aventura. Por mais que eu tenha odiado a idéia, fui tolerante, afinal, ninguém começa de cima.


Eu me senti usado! Todo meu talento desperdiçado com essas criaturas mirradas, enquanto há gigantes ao norte, demônios e cultistas nas cavernas. Eu procuro uma vida de héroi, não uma vida de zalador de quintal... < olha as pessoas ao redor > Mas bem que... se eu não tivesse feito isso, quem faria? Quem ajudaria essas pessoas indefesas? Nem todo mundo sabe lutar, no final das contas, acho que fiz a coisa certa... mas também não posso me acostumar com essa vidinha de trolls e goblins.