Cinzento,
A paisegem murchando
Uma flor doente
Cinzento,
O retrato da luta
Da vida, da morte
No meio desses monstros de pedra
Estão os rostos petrificados
A nossa doença é a própria crença
Que reduz a mente a farrapos
O sol morre, sem ânimo para nascer
A lua espia com sua aura de cadáver
Fomos mortos pela nossa própria arte
Arte maldita de lucrar para crescer
Cinzento,
O sangue que escorre
O medo da queda
Cinzento,
Mais um capítulo que morre
Menos um dia que nos resta