bem, desceu um espirito escritor em mim e resolvi fazer a história de John Silan, que pode ser um player qualquer por ai, e será também a principal personagem da história. Adoraria que quem ler esta história opine também, deixando suas críticas e por que não elogios também
para que eu possa fazer um capítulo melhor que o outro até o fim deste projeto. Muito obrigado.
John Silan
Prólogo
Tudo ardia em chamas. Cada telhado. O vilarejo inteiro estava dominado pelo fogo que insistia em continuar queimando e destruindo o que estivesse em seu caminho.
Neste ambiente, lutavam alguns guerreiros contra o mago invasor. Este, com uma aparêcia velha e ultrapassada. Tinha uma face arrasada pelo tempo, cheia de rugas e manchas que denunciavam a sua idade. Mesmo assim era possivel notar a feição facial do mago, que demonstrava claramente o desejo por destruição e discórdia, tomados pelo sentimento de ódio, que antes o dominara por completo.
Do outro lado da batalha, alguns guerreiros. Um homem de meia idade, um velho cavaleiro e um jovem arqueiro. O homem de meia idade estava com sua armadura parcialmente destruída e empunhava um grande machado, usado em suas investidas contra o mago. O velho cavaleiro estava com a sua armadura já completamente destruída e tinha consigo duas maças, as quais girava em sua mãos com alta velocidade, mostrando que estava pronto para o próximo ataque.
O jovem arqueiro por sua vez, assistia tudo encima da copa de uma árvore, ainda não atingida pelo calor destruidor do fogo. O medo era estampado em sua face. Temia ser visto pelo mago e logo depois morto pelos seus poderes. Mas também fluia- lhe a coragem em seu corpo, coragem que talvez lhe desse forças para defender o seu atacado vilarejo até seu último pulso cardíaco. Este jovem é John Silan, cuja história será contada a partir daqui.
...
Capítulo 1 - O cervo e o Lobo
Os pássaros cantavam numa linda manhã ensolarada. A janela do quarto de John estava aberta, foi por aí que uma brisa entrou, acordando-o.
- Ah, que belo dia está hoje! -Falava o jovem enquanto se espreguiçava na cama-. Vamos ver se papai e mamãe já acordaram!
O garoto se dirigiu até a parte de fora da casa, onde viu os pais que colhiam morangos na pequena plantação feita por eles.
- Bom dia, filho! -disse a mãe com seu belo sorriso de sempre-
-Filho, vá até o armário do pai e pegue o presente que fiz pra você. -disse o pai do garoto-.
John atravessou a sala daquela humilde casa feita de madeira, cercada por trepadeiras que se misturavam conforme subiam em direção ao teto. Chegando ao quarto dos pais, abriu o armário e encontrou seu presente: um pequeno arco. Junto com várias flechas, tudo feito pelas mãos de seu pai. Pegou o brinquedo e a munição e os levou para fora, mostrar a ele, que já o esperava na porta da casa.
- Pai! você me deu um arco! Um arco! Agora poderei matar feras do mal como os arqueiros da vila! -dizia o garoto pulando de alegria-
- Bem, meu filho... é claro que sim, mas primeiro você precisa aprender a manejar o arco não acha? Hoje iremos à caça de cervos e coelhos, assim papai te ensina como usá-lo.
Em seguida o pai ordenou que o filho o esperasse na porteira que levava à estrada, enquanto ele ia pegar um arco de verdade para ensiná-lo. John era um garoto muito alegre. Tinha 11 anos e sempre gostou de ver os cavaleiros lutando, mas seu principal ídolo era o pai, que usava seu arco como poucos sabiam. Tinha uma estatura boa para os meninos de sua idade, usava uma veste de couro e tinha os cabelos, não tão longos, numa tonalidade loira pendendo para o castanho. Era bastante rápido em seus movimentos, e sempre quis aprender a atirar como o pai.
- Está pronto para caçar, John?
- Claro!
Os dois partiram estrada afora atrás de animais. Ficaram algum tempo andando e conversando. O pai de John se chamava Eric Silan e era um arqueiro muito respeitado no vilarejo, que era bem próximo à sua casa. Era um homem alto, com cabelos longos e castanhos, usava uma levíssima roupa feita de couro e seda, a fim de priorizar a velocidade nos movimentos. Seu arco era singular: 1,5m de comprimento, feito com uma espécie de material muito forte e elástico, o que resultava em tiros fatais a uma enorme distância, tudo associado à sua grande habilidade.
- Pai! Olha lá! Um cervo! Vamos atacar! –falava a criança puxando a roupa do pai-
- Calma filho, muita calma. Observe-me...
Eric pegou seu arco com jeito, puxou uma flecha da cintura e fez um sinal com a face, pedindo para o garoto prestar atenção. O cervo percebeu que estava sendo observado e, ameaçado, começou a sua corrida para longe dos caçadores. Neste momento, Eric ajeitou a flecha no arco, puxou, e com muita calma e destreza atirou no cervo. Após o tiro, alguns instantes de silêncio, e John reclamou inconformado:
- Pai, você errou o cervo!
- Eu pedi para observar, meu filho. –indicou à frente o cervo que estava mancando-. Vê?
O menino continuava sem entender, quando viu o animal, desequilibrado, cair no rio que ali passava e ser levado pela leve correnteza. Reclamava agora de terem perdido o alvo, quando o pai moveu o dedo que estava apontando, um pouco para a direita. Vira um lobo à espreita.
- Fico imaginando um caçador novato. Alem de errar o tiro, correria feito um louco atrás do cervo, até ser surpreendido pelas garras vorazes do lobo, ali escondido.
John ficou sério, pensando no que acabara de ouvir do pai, mas continuava com uma cara de dúvida, como se ainda não estivesse tudo esclarecido.
- Ah, eu acertei a pata traseira do cervo de propósito, para fazê-lo cair no rio, senão ele seria a janta do lobo, caso continuasse a correr ileso. –completou Eric, esclarecendo o filho-. Sempre que alguém estiver sob a mira de um lobo, faça o possível para ajudar, é sempre um gesto muito nobre ajudar as pessoas. E tenha certeza de que será reconhecido pelo seu ato.
O garoto entendeu finalmente o ensinamento do pai, colocando de volta um sorriso em sua face, e assim continuaram a caça. Alguns instantes depois, foram abordados por um homem que ali passava.
- Olá Eric! Ensinando a cria a atirar? – disse o sujeito com serenidade-.
- Olá Sig! Haha, ele vai ser um atirador de primeira como eu! –falava Eric, acariciando a cabeça de John-.
Sig Hound. Um cavaleiro de meia idade, alto, forte; carregava um enorme machado nas costas. Sua armadura era de cor esverdeada, bem clara, com os detalhes em ouro, o que denunciava a sua riqueza. Sim, um cavaleiro muito rico que vivia no vilarejo próximo à casa da família de John.
- Bom, deixe-me ir andando, preciso voltar ao vilarejo e ver a minha família... boa sorte com o atirador mirim, hehe.
- Tudo bem, Sig. Talvez mais tarde, ou amanhã iremos ao vilarejo e faremos uma visita .
– disse Eric, cumprimentando o cavaleiro do machado-.
Despediram-se e continuaram seu caminho. Pai e filho ficaram o dia todo fora de casa se divertindo e caçando animaizinhos. Estava escurecendo, talvez fosse uma boa idéia voltar para casa e descansar.
Quando se aproximavam da porteira, foi possível ouvir gritos vindos da casa de John, este foi o motivo para eles alongarem o passo, até correrem. Assim que passaram pelo portão, ficaram surpresos com o que viram. Não só surpresos, mas tremendamente assustados.