Eric Brantley

Eric E. Brantley




"As pessoas não deveriam abusar da felicidade... Elas deveriam mantê-la."

A noite era fria como todas as outras daquela região. O rapaz estava sentado em uma cadeira cuidadosamente posicionada no centro de uma sala iluminada por velas. Suas mãos estavam amarradas, ele sentia um medo que nunca tinha sentido antes.
Passos apressados e pesados podia ser ouvidos vindo do corredor, a porta se abriu. Um homem alto de casaco negro e expressões robustas aproximou-se do rapaz. O tapa foi tão forte que os homens que o aguardavam do lado de fora puderam ouvir.
O rapaz sentado na cadeira manteve sua cabeça abaixada, o homem falou:
- Um Brantley não teme o combate
Mesmo que suas pernas não tenham mais forças
Mesmo que sua espada pareça mil vezes mais pesada e o seu arco pareça deslizar
pelo vento.
Um Brantley não teme o combate.
Mesmo que as nuvens escondam o sol
Mesmo que a noite pareça rugir.
Um Brantley não teme a espada
Pois é pela espada que vivemos
Um Brantley não teme o arco
Pois é com o arco que nos defendemos
Um Brantley não teme o combate, mesmo que sozinho na noite, cercado de dentes e
Olhos.
Você traiu os seus irmãos. Você traiu sua família.
Que os olhos do grande Kodrak não vejam a sua insignificância.

Todos os outros homens foram entrando, um a um. A mãe do rapaz chorava em silêncio em um canto da sala.
Ele sentia vergonha, mas... De uma maneira estranha, também sentia alívio.