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 Textinho do Gilles.

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Vitor Kanke
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MensagemAssunto: Textinho do Gilles.   Textinho do Gilles. EmptyDom Out 05, 2008 2:18 am

Em meio a esse dia bem triste, eu escrevi uns 4 textos.
Vim dividí-los com vocês.



(Não tem título)


Certo dia, eu brincava com meu primo e tivemos a idéia de nos vestirmos de múmia. Sim, múmia. Aquela "pessoa" envolta em faixas para ser conservada, que em alguns filmes assombram, com suas bocas podres, crianças medrosas como eu.

Múmias, na minha cabeça, só existiam no Egito. Imagine então a nossa empolgação com a possibilidade de criarmos uma múmia em pleno interior paulista.

Encontramos nossas faixas.

"Eu sou o primeiro! Você me ajuda a virar uma múmia e então depois é a sua vez."
Eu concordei. Estava empolgado demais, eu ia ser uma múmia! Eu esperaria!

Enquanto nós o envolviamos com nossas ataduras, imaginávamos como seria demais as pessoas nas ruas se assustando. Gritos das senhoras que se jogariam na frente de carros para fugir do monstro, crianças que chorariam sangue pois nunca veriam algo tão estranho, cachorros que correriam de "nossa múmia" latindo e chorando.

"Já está quase pronto!"

Quando eu vi o resultado disse "vai só você!" fingindo empolgação. Foi então que percebi que nossa imaginação é fertil e que sempre imaginamos coisas impossíveis de acontecer.

Ver nossa múmia, que não estava nem próxima de um acidentado enfaixado, me fez romper a ligação entra a fantasia e a realidade. Eu comecei a pensar demais e frustrei-me, vi que meus planos futuros não passavam de frutos da minha super imaginação, que a vida era uma coisa real e meu faz de conta nunca iria funcionar. E enquanto meu primo imitava uma múmia furiosa, eu corri e me escondi. Não da mumia! Mas para não apanhar por ter gasto um rolo de papel higiênico inteiro.


- fim -

____________________________

Esse outro texto que escrevi ficou bem estranho.
Hehe, não façam piadinhas de mal gosto.
Ele ficou muito zuado.


(Sem título)

Lembro-me criança no açougue do Norival com meu pai.

Eu virava puxando sua camisa e dizia com toda a pureza de uma criança num sorriso:
"Pai, eu quero uma salsicha!".
"Norival, coloque um quilo de salsichas para levar.".
"Não, pai. Eu quero agora.".

E o açougueiro que entendia, pegava uma salsicha daquela grande vasilha branca cheinha delas e me entregava. Eu pegava com um sorriso e logo dava a primeira mordida naquela salsicha crua e cheia de bactérias das mãos do Norival que insistia em não usar luvas. E meu mundo parava, eu esquecia todos os problemas que uma criança teria, do brinquedo que minha mãe deixaria de comprar, do chocolate que minha irmã tinha comido sem pedir e de todas aquelas coisas que na infância eu julgava muito importantes.

Quando aquela mistura de carnes terminava em poucas mordidas eu era uma criança nova e calma até outra coisa me incomodar.

Hoje eu ainda vou no açougue do Norival, mas não peço mais salsichas cruas e unitárias pois eu descobri que comer salsichas não funcionam com problemas de gente grande.


- fim -

Falei que era estranho xD~



________________________________

Edit: 21 de outubro.

Esse textinho eu escrevi um pouco depois desses de cima...
mas só estou postando aqui hoje.

Eu acho que ele fugiu um pouco do estilo dos outros dois.
Mas bastante gente gostou mais desse.

Espero que vocês comentem.

Bom, como todos devem saber, quilombo é o nome dado aos lugares onde os escravos fugitivos se reuniam. Na minha cabeça, sempre foi sinônimo de rio, um riacho para ser exato, que existia perto da minha cidade. Sempre que alguém falava "quilombo" eu associava à "diversão", um lugar onde iria toda a família para farofar.

Deitar nas toalhas à beira do riacho e montar a churrasqueira enquanto alguém abria a porta traseira do carro para tocar aquele pagode esperto. Era mágico!

E o mais: a água! Já viu uma criança que não ficasse feliz com água?

Para mim era uma das melhores coisas do mundo. Minha mãe colocava em mim aquela sunguinha roxa e lambusava minha cara com protetor solar e deixava-me branco.

"Mãe, posso ir?", "Espera que eu tô terminando!", "Vai logo, mãe!"...

"Pronto, anda."

E aquelas eram as palavras da libertação, instantes depois você via aquela criança feia e raquítica correndo com aquele sorriso no rosto para a água.

"Mas fica no rasinho, heim!" Alertava mamãe enquanto eu corria e tava tchauzinho virando o rosto para ela.

Vocês devem saber que antigamente as crianças tinham uma facilidade incrível para fazer amigos. Um dia no quilombo eu fiz dois amiguinhos na água e ficamos conversando enquanto nadávamos. No riacho do quilombo havia um tronco, quem já foi, sabe que ele fica um pouco depois do pequeno bambuzal. Quando sentávamos no tronco, deitado horizontalmente sobre o tio fazendo uma espécie de represa, relaxavamos. Ali a água batia forte e era como se fizesse uma massagem.

Ficamos os três bobos sentados conversando. Até que um deles falou: "Sabia que aqui- apontando para a parte do rio imediatamente depois do tronco - é muito fundo?
E eu disse querendo dar uma de maioral: "Aí dá pé pra mim!"
Os dois duvidaram e eu, muito macho, fui provar para eles. Ainda apoiado no tronco, entrei no "lugar fundo". Eu não sentia meus pés tocarem o chão, mas eu estava me segurando.
"Ah, solte as mãos!"
E eu, o bom, iria soltar. Encostar o pé no chão, levantar os braços para mostrar quão fundo era e voltar a apoiar no tronco.

Aí, sim, eu seria exemplo.

No instante em que eu soltei meus braços e ia colocar meu plano em ação a correnteza me levou e eu tomei um susto. Não conseguia tocar o fundo. Ê boca de mãe! "Fica no rasinho!". Eu ia morrer! A correnteza ia me levando e enquanto eu me impusionava nas pedras para alcançar a superfície e sacudia os braços, imaginava que pelo menos teria paz quando os tubarões me comessem. Sim, eu pensava que eu iria logo cair no mar e os tubarões fariam um banquete de mim. Por instantes eu fiquei feliz por morrer, pelo menos eu iria conhecer um tubarão de pertinho. Foi quando alguém me puxou, um homem estranho estava me tirando da água mesmo com a forte correnteza. Eu não iria conhecer os tubarões, mas pelo menos iria sobreviver.

"Vamos logo, quero parar de morrer."

O homem, antes estranho, se identificou como meu pai. E eu já estava deitado na grama com todas aquelas cabeças altas em um
círculo olhando para mim. Eu levantei rápido e procurei meus amiguinhos para mentir para eles que eu tinha alcançado o fundo, mas eles tinham sumido. Eu me lembro apenas de avistar meu primo mais velho que ria e imitava um "boneco de massa" dos Power Rangers dizendo que era igualzinho a mim se afogando. Depois disso eu queria voltar para a água, mas por ordem de minha mãe, fiquei no raso... no raso mesmo! Onde ficavam aqueles bichinhos e a água batia na nossa canela.

(...)

Por volta de dez anos depois, eu voltei para aquele quilombo.
Aquele mesmo tronco. Eu tinha que provar para mim mesmo que eu era capaz.
Discretamente me isolei do resto das pessoas e fui sentar nele. Devagar me apoiei e desci. A água batia pouco abaixo do meu pescoço. E em um gesto no mínimo autista eu levantei os braços e abri um largo sorriso.
Foi lindo! Eu tinha finalmente conseguido. Queria que meus amiguinhos estivessem ali para me ver.

Eu sai da água e sentei na grama.
"Que houve, filho, por que está sorrindo tanto?"
"Nada não, mãe, hehe."


- Fim -

________________________________

Edit: 25 de outubro.

Bom, vou colocar mais dois...
Deu vontade xD~

Leiam e comentem

_________________________________

(esse é o texto conhecido vulgarmente como texto do Yakult)

Eu sempre escrevo sobre coisas que crianças gostam. Ou pelo menos de coisas que eu gostava quando eu era criança. Um delas era achar dinheiro.

Perto de casa tinha uma feira que ficava em frente ao beco onde eu sempre brinquei. Toda quinta-feira era dia de pegar uvas das barracas enquanto o dono não olhava, dia de ajudar a mãe a carregar as compras e o mais importante: procurar dinheiro. Rezavam as lendas que inúmeras pessoas achavam dinheiro nos dias de feira, mas eu, azarado, nunca achei nem mesmo centavos.

Um dia, assim que a feira acabou e os garis já estavam limpando as ruas, achei uma caixinha de papelão tão simpática que peguei para mim. Embaixo dela uma moeda! Pela primeira vez na minha curta vida eu havia achado dinheiro. Era uma linda moeda de 25 centavos. Naquela época, elas eram novidade, tinham acabado de ser lançadas. Fiquei encantado e com cuidado, coloquei a moedinha dentro da caixinha de papelão e corri para o beco brincar e mostrar meu achado.

Mostrei a todos o que eu tinha, mas parecia que a empolgação deles nunca seria como a minha. Tudo o que eu fazia, eu levava minha caixinha e ouvia o barulhinho da moeda batendo no papelão. Aquilo fez meu dia feliz até o momento em que passou a vendedora de yakults empurrando seu carinho branco. Era a hora em que todas as crianças corriam para seus pais e pediam os trocados para tomar aquele yakult geladinho com as mãos e roupas sujas de terra.

"Moça, quanto dá pra comprar com essa moeda?" eu disse enquanto abria minha caixinha, todo pomposo, entregando-lhe a moeda. "Olha, falta cinco centavos para você comprar um."
É?" disse que aquele olhar triste.
Parecia que minha moedinha não era tão boa assim. Venho minha tristeza, minha prima, três anos mais nova, com a mão cheia de moedinhas, pegou aleatoriamente uma e com um sorriso, disse:

"Toma pra você comprar."

Eu olhei para ela e fiz aquela cara que só uma criança contente depois e momentos tristes consegue fazer. Agradeci e voltei a moça.

"E agora?"; "Deixa eu ver... agora dá pra comprar dois e sobre 15 centavos pra você."
"Dois? E ainda sobra?". Me apaixonei.
"Prima, quer trocar? Eu te dô minha moeda e eu fico com essa que você me deu, tá?"

Afinal, eu não era egoísta o suficiente para ficar com as duas, mas já era capitalista para escolher a de maior valor.

Esqueci a moça e coloquei minha nova moeda na caixinha de papelão e saí feliz pelo beco. Acabou que ganhei yakult dos meus tios por ser a única criança que não estava tomando.

Fui para casa, tirei a moeda da caixinha e coloquei alguns brinquedos dentro. Já a moeda, coloquei em cima de minha cômoda, em um lugar de destaque onde eu pudesse olhar para ela até descobrir o melhor jeito de gastar todo aquele dinheiro. Durmi feliz.

No outro dia acordei agitado e antes ir escovar os dentes, passei para ver meu tesouro.

"Mãaaaaaaaaae!"
"Que foi, filho?"
Meus olhos já lacrimejavam.
"Minha moeda, mãe, não sei cadê!"
"Que moeda? Aquela de 50 centavos que estava ali?" disse ela apontando para meu altarzinho.
"É, mãe, cadê?"
"Comprei pão."

Como assim? Minha mãe me roubou. Fez meus yakults se transformarem em cinco pães brancos e quentinhos que "Nossa, mãe" ficaram uma delícia com a manteiga que insistia em derreter com o calor dos pãezinhos.
"Nossa, mãe, esse pão tá bom!"


- Fim -
_________________________________________

Tem esse outro textinho também...
e como todos os outros, não tem título

Quando eu era criança, quatro anos, existia um programa na Tv. Um programa dominical muito assistido. Nele havia um quadro onde o apresentador mostrava um pequeno espelho e nesse momento alguns "efeitos especiais" levavam a televisão para dentro dele.

O espelho mostrava um lugar diferente, um vestiário. Um vestiário onde eu já tinha visto muitas mulheres lindas tirarem as suas roupas nos domingos a tarde. E eu assistia enquanto brincava com meus guerreiros ferozes que insistiam em brigar no chão da sala.

Neste dia meus brinquedos declararam paz e resolveram deitar-se no tapete enquanto minhas mãos, que antes os guiavam, pousaram em meus joelhos. "Hoje é diferente". Meus olhos grudaram na tela e de lá não sairam. Me vi maravilhado, permaneci apaixonado por dois longos minutos.

Minha paixão tirava suas roupas lentamente e eu acompanhava cada detalhe, cada piscada, cada milímetro de seu corpo que ia aparecendo por debaixo daquela calça apertada. Era perfeito o momento. Eu sentia um calor que corria da cabeça aos pés e depois voltava para impedir que meus olhos se perdessem em tanta beleza.

Aquilo terminou com uma semi nudez linda, que permaceram instantes focados em meus olhos mesmo depois de findado.
Foram minutos que se prolongaram por toda minha vida.

Minhas mãos voltariam a guiar meus heróis enquanto minha cabeça martelaria anos pensando o porquê daquilo ter acontecido comigo.

"Que dia perfeito resolveram inovar o quadro", penso eu hoje.
"Por que eu achei aquele homem tão lindo?", pensava eu criança.


- Fim -


Última edição por Vitor Kanke em Sex Out 24, 2008 11:13 pm, editado 10 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Textinho do Gilles.   Textinho do Gilles. EmptyDom Out 05, 2008 10:02 am

"espararia"(esperaria) "viriam"(viram)

o texto ta lindow *.* só esses dois errinhos ai de cima...

muito show! =DDD
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MensagemAssunto: Re: Textinho do Gilles.   Textinho do Gilles. EmptyDom Out 05, 2008 10:16 am

Hahaha, arrumado.
Mas o "viriam" na verdade era veriam...
eu escrevi errado...

Porque é futuro do pretérito =x
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MensagemAssunto: Re: Textinho do Gilles.   Textinho do Gilles. EmptyDom Out 05, 2008 10:22 am

Aquela "pessoa" envolta em faixas para ser conservada, que em alguns filmes assombram

não tem virgula antes do que, conjunção integrante ^^, você exagerou nas virgulas ai cometeu esse errinho besta ^^

ademais, Crianças chorariam sangue?!!!! isso é um paradoxo xD bem interessante xP.

ainda vou fazer um texto com todas as figuras de linguagem uahauahuha xP
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MensagemAssunto: Re: Textinho do Gilles.   Textinho do Gilles. EmptyDom Out 05, 2008 10:23 am

mas nesse caso não é conjução integrante é pronome relativo.
oração subordinada adjetiva explicativa...


haha, o crianças chorando sangue é pq minha mãe sempre dizia pra minha irmã que se ela chorasse demais ia acabar as lágrimas e ela ia chorar sangue
eauieeaohaehaei


Última edição por Vitor Kanke em Dom Out 05, 2008 10:29 am, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Textinho do Gilles.   Textinho do Gilles. EmptyDom Out 05, 2008 10:27 am

a virgula ali é opcional, thulio... exagerou não nas virgulas... amo virgulas *.*

huahuahauhuahuahuahuahuahua

crianças chorarem sangue não é paradoxo O.o

foda esses caras q querem pagar de intelectual, botam dois termos gramaticos no meio e acham q vão se safar =P
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MensagemAssunto: Re: Textinho do Gilles.   Textinho do Gilles. EmptyDom Out 05, 2008 10:29 am

sério? pra mim essa segunda parte:
em alguns filmes assombram

ta é subordinada a primeirea parte, se for substituir múmia ficaria sem o que
A Múmia em alguns filmes assombram...

bem agora você enrolou minha cabeça -.-

ainda acho ser conjunção, mas pode ser porque estou revisando isso esse bimestre xP

Paradoxo é uma coisa impossível, até hoje nunca vi ninguém chorar sangue 0.0 se chorare dá pra fazer um deinheireinho com isso xP
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MensagemAssunto: Re: Textinho do Gilles.   Textinho do Gilles. EmptyDom Out 05, 2008 11:43 am

Também não gostei do "chorar sangue", mas curti o final.
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MensagemAssunto: Re: Textinho do Gilles.   Textinho do Gilles. EmptyDom Out 05, 2008 11:46 am

digitei mais uma, xD~
é sem sentido
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MensagemAssunto: Re: Textinho do Gilles.   Textinho do Gilles. EmptySeg Out 06, 2008 4:19 pm

Bem legal.

^^

Parabens brother!

xD

Continue escrevendo, você leva geito...

Abraços!
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MensagemAssunto: Re: Textinho do Gilles.   Textinho do Gilles. EmptyTer Out 21, 2008 12:12 pm

Eu não entendo nada de pretérito do passado do perfeito do futuro nebuloso das mentes nerds que conseguem distingüisr textos fodásticos e classifcações nominais, verbais e acidentais, porém, sei reconhecer um bom texto, cujo começo é simples, seu desenrolar não tão complicado, mas no final a surpresa de passar um mensagem de SENTIDO e não sem sentido como você havia dito.

Citação :
Eu comecei a pensar demais e
frustrei-me, vi que meus planos futuros não passavam de frutos da minha
super imaginação, que a vida era uma coisa real e meu faz de conta
nunca iria funcionar.
O amadurecimentos das idéias, a distinção do que é real e do que é fantasia, o fim do faz de conta. Por muitos anos eu vivi este mundo, mundo de querer voar apenas com a força do pensamento, mundo onde eu tinha uma espada e matava meus inimigos, mundo onde era um héroi e nada poderia me empedir, eu vivi muito tempo neste mundo, mas um dia este mundo acabou, com treze anos de idade, já não havia mais fantasia, pois a realidade eu precisei viver. Fora de casa, tive que ir trabalhar, na praia, à beira mar, para os turistas refrescar, sorvete eu fui ofertar, para os donos do dollar, gringos que me ajudar a ganhar o pão de cada dia. Havia, ou não, melhor dizer que não, pois não havia acabado, mas sim adormecido, a fantasia havia adormecido.

Citação :
Hoje eu ainda vou no açougue do Norival,
mas não peço mais salsichas cruas e unitárias pois eu descobri que
comer salsichas não funcionam com problemas de gente grande.
Esse parte, pelos deuses da escrita, você é filho do Verissímo???
Não sei com qual palavra descrever este texto, se é uma parábola, um conto, ou sei lá o que, mas seja o que for, ficou muito bom, ele mostra a diferença dentre adultos e crianças, mostra como era simples ser uma criança, inocente, onde tudo se resumia a saciar um simples desejo, mas depois de adulto, simples desejos saciados não resolvem nossos problemas, muitas vezes, os desejos que são saciados só trazem mais problemas.


Muito bom os textos, você tem um grande futuro, espero que não faça como eu: desistir. Eu sempre tive o sonho de ser um grande escritor, fazer livros, escrever textos, fazer histórias para jogos, mas quando me dei por mim já era tarde, não havia terminado o segundo grau, não havia estudado direito, já não me saciaria com uma simples salsicha, já não ganharia mais a vida escrevendo, somente como burro de carga... Porque fui burro de não ter estudado.

Mais uma vez, parabéns pelos textos.
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MensagemAssunto: Re: Textinho do Gilles.   Textinho do Gilles. EmptyTer Out 21, 2008 1:06 pm

Os dois são muito bons Gilles, mas é do quilombo é melhor.

Abraços! Smile
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MensagemAssunto: Re: Textinho do Gilles.   Textinho do Gilles. EmptyTer Out 21, 2008 3:09 pm

Nossa, obrigado liqnkr pelos comentários, gostei muito.
Eu pretendo escrever sempre que tiver vontade. Não pretendo escrever um livro.
Mas gosto de escrever esses textinhos.

Nossa, foi bem estranho ler o que escreveu, não esperar ler algo do tipo.
Bom saber que gostou. Obrigado mesmo.



Kaoh, obrigado pelo comentário.
Haha~

Vou postar o do Quilombo nesse mesmo tópico.

Edit: Coloquei o texto do quilombo, veja quem quiser.
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MensagemAssunto: Re: Textinho do Gilles.   Textinho do Gilles. EmptyTer Out 21, 2008 4:36 pm

Realmente, gostei mais do quilombo. =)
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MensagemAssunto: Re: Textinho do Gilles.   Textinho do Gilles. EmptyTer Out 21, 2008 4:41 pm

Nossa, muito legal o do quilombo.

^^

O mais foda.

Adorei...

Meus parabens brother!

Abraços!
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MensagemAssunto: Re: Textinho do Gilles.   Textinho do Gilles. EmptyTer Out 21, 2008 4:48 pm

adorei o do quilombo *.*

deu um ar bem pacífico a história, e a roda de pagode roubou meu coração *.*
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MensagemAssunto: Re: Textinho do Gilles.   Textinho do Gilles. EmptyTer Out 21, 2008 6:03 pm

Vitor Kanke escreveu:
Nossa, obrigado liqnkr pelos comentários, gostei muito.
Eu pretendo escrever sempre que tiver vontade. Não pretendo escrever um livro.
Mas gosto de escrever esses textinhos.

Nossa, foi bem estranho ler o que escreveu, não esperar ler algo do tipo.
Bom saber que gostou. Obrigado mesmo.



Kaoh, obrigado pelo comentário.
Haha~

Vou postar o do Quilombo nesse mesmo tópico.

Edit: Coloquei o texto do quilombo, veja quem quiser.

Muito ótimo os textos. Esses e os outros xDDD

Se você fosse escrever algum livro, provavelmente se destacaria pelos contos que falam da sua infância. Acho que são os melhores e os mais divertidos o.o

Hhauhaeuauaeuauaaeueu

Depois preciso ler mais textos seus xD
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MensagemAssunto: Re: Textinho do Gilles.   Textinho do Gilles. EmptySex Out 24, 2008 11:13 pm

Coloquei mais dois.
Deu vontade.

Devem estar repletos de erros,
leiam e digam algo.
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MensagemAssunto: Re: Textinho do Gilles.   Textinho do Gilles. EmptySáb Out 25, 2008 6:01 am

Muito bom brother.

Não vi nenhum erro, pelo contrario...

Tudo certinho.

xD

Parabens!

Eu ri do ultimo...

HSuiAhsuiAHsi'

Citação :
"Por que eu achei aquele homem tão lindo?", pensava eu criança.

xD

Abraços!
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MensagemAssunto: Re: Textinho do Gilles.   Textinho do Gilles. EmptySáb Out 25, 2008 12:33 pm

Putz Gilles... Suas Crônicas são ótimas...

É o tipo de leitura que me faz passar um tempão pensando sobre...
Além da inocência, tem também a malícia...
Muito humor e um tapinha de nostalgia...

Obrigado por compartilhar...
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MensagemAssunto: Re: Textinho do Gilles.   Textinho do Gilles. EmptyDom Out 26, 2008 7:25 pm

O último é perfeitamente misterioso e quebra totalmente o padrão "criança inocente" dos outros... hauEHUEHAUAuehuaEHUAEHUE XDDD

o.o

Continuo a favor de mais textos ^^
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