Era uma noite fria em Rookgaard, um leve sereno molhava a ilha. Todos estavam recolhidos em suas casas ceando. Ou em algum bar com os amigos.
Afastada da vila havia uma casa no bosque. De longe dava pra ver as luzes de fogo aceso dentro da casa. Atravessando o bosque ia um vulto encapuzado, carregando algo nos braços. O homem ia em direção da casa, seus passos eram silenciosos. O homem chegou á porta da casa e esticou uma mão magra e pálida. Bateu 3 vezes. Uma mulher abriu a porta, era bonita, mas a idade já alcançava, vestia um vestido azul e um avental amarelo.
_Ola Zirella. Como vai seu filho Tom? – perguntou o misterioso homem.
Zirella olhou para o rosto encapuzado do homem, viu olhos amarelos e pele pálida, ele sorria mostrando dentes pontiagudos.
_Quem és? Como sabe de meu filho?
_É recém nascido né? – o homem sorriu com um olhar voraz – Olha que coincidência! Trago comigo uma menininha. Você a criara para mim.
_O que?Não! Vá embora, meu marido não tardara a chegar.
_Oh minha cara, seu marido não voltara da pescaria hoje. Eu afundei o barco em auto mar. Vi seu marido morrer.
_O que? Não é verdade! Vá embora!
Zirella fechou a porta da casa assustada. Correu para o quarto de Tom para fechar a janela. Ao chegar lá berra de pavor. Ali estava o homem, com seu filho e uma bebe no colo.
_Xiu! Vai acordar as crianças. Tenho certeza que eles se darão muito bem.
O homem colocou as crianças em um berço de madeira e se aproximou de Zirella, que foi recuando para a parede.
_ Iras criar essa criança, até eu buscar ela. Não se apegue de mais. Irei tirar ela de você assim como tirei seu marido de sua vida.
O estranho homem tirou o capuz, ele não tinha cabelo, apenas queimaduras e cicatrizes. O homem colocou uma língua roxa para fora e lambeu o pescoço da mulher, que fechou os olhos e tremeu de pavor. Ele se afastou dela rindo e disse:
_Prepare bem a menina. Trate-a até melhor que o garoto. São as minhas ordens.
Zirella assistiu o homem a virar um abutre fedido e voar pela janela, para longe.
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Zirella não conseguiu dormir aquela noite. Ficou esperando seu marido chegar porem ele não apareceu. Ela foi ficando desesperada. Ao amanhecer amamentou Tom e também a bebe. Ela resolveu ir a vila procurar o marido. Colocou os dois bebes em uma cesta e saiu.
Na vila estava tudo estranhamente calmo, viu pessoas com caras tristes ou assustadas. Lojas estavam fechadas. Havia pessoas de luto e chorando
.
_Olhem! É Zirella, tragam na aqui!
Zirella se virou pra ver quem a chamava, e viu Santiago, um amigo de seu marido todo ferido, sendo apoiado por amigos. Ela preocupada correu até eles.
_Santiago me diz o que houve!
Ele olhou pesaroso para ela e quase não conseguir dizer:
_O barco afundou, eu fui o único pescador que sobreviveu.
Zirella recuou assustada, não podia acreditar. Ela não queria acreditar. As pessoas ao redor vieram dando seus pêsames dizendo “sinto muito“, ela começou a chorar e berrar. Cipfried o monge se aproximou.
_ Não chore minha cara, não é o fim... – disse ele.
As pessoas foram se afastando e só os dois ficaram ali em silencio.
Cipfried então quebrou o silencio:
_De quem é a bebe?
Zirella não teve coragem de contar como conseguiu a criança, disse então:
_ Eu a achei abandonada, na frente de minha casa, peguei a coitada, será que alguém vai querer criar?
_ Fique com a criança minha jovem, no dia que perdes seu marido, ganha uma pessoa nova. Cuide dela – disse Cipfried sorrindo.
A mulher balançou a cabeça concordando e foi embora, ainda triste e amendontrada.
É isso ai, quero desenvolver mais essa historia ( havera continuação ), por favor façam criticas construtivas e apontem erros.