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 Civilização Roleplay - Capítulos

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MensagemAssunto: Civilização Roleplay - Capítulos   Civilização Roleplay - Capítulos EmptySáb Dez 11, 2010 3:27 pm

Postem aqui seus capítulos incluindo a data de forma evidenciada junto ao titulo. Peço que guardem uma copia do arquivo em seu computador pois capítulos que forem julgados inapropriados por não respeitarem capítulos anteriores ou por agredirem o bom senso ou a diversão igualitária no jogo serão excluídos deste tópico.

Abaixo segue o mapa de como as civilizações encontram-se nesse momento do jogo:

Civilização Roleplay - Capítulos Rj1g1w
*Belthir, no aguardo do mapa 2.0
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MensagemAssunto: Re: Civilização Roleplay - Capítulos   Civilização Roleplay - Capítulos EmptySáb Dez 11, 2010 3:32 pm

11/12/2010 - Reino Sovieta



Primeiro Ato: O pressagio - Capitulo 1

Os flocos de neve se entrelaçavam em uma dança singular no entanto que caiam em frente ao enorme vitral da sala do trono no palácio em Wotan, cujo desenho era uma representação da batalha entre o poderoso Lokur e a destemida rainha Helga. O cômodo era circular e o vitral, que acompanhava o formato, era interrompido apenas por algumas colunas, aqui e ali. Uma escadaria de uma madeira muito escura dava acesso ao local, ligando-o com o andar inferior. O chão era forrado com peles de lobos sujas de sangue costuradas uma à outra com muito cuidado. O trono era do misterioso metal encontrado nas cavernas de Jotum, usado nas forjas de todo o reino, e acolchoado com travesseiros de pele de lebre embutidos com penas de cisnes.

Porém aqueles graciosos flocos de neve, que a cada rodopio só se aproximavam mais e mais do chão, se apresentavam inutilmente em frente ao vitral. O trono de Helga, tão épico e pomposo, estava vazio.

Naquele dia não era possível enxergar o sol para determinar a hora, mas de certo Helga já deveria se encontrar na saída ao sul da cidade, adentrando o caminho que leva à cidade de Urd. Ela não estava empunhando uma espada e muito menos vestira uma armadura, queria se passar por uma professora qualquer, estava com o cabelo preso, o corpo todo coberto por uma grande manta feita com pele de lebre e um belo par de luvas e botas de couro.

O caminho para Urd costumava empenhar quatro dias para ser realizado, mas em pleno inverno, com a neve caindo constantemente, era bem provável que Helga precisasse de mais do que quatro dias. Por mais que alguns, eu incluso, achem maravilhoso o espetáculo da natureza no inverno, balançando ao longe os pinheiros da floresta de Lokur e presenteando com mais trovões que o normal a cordilheira Mjol, não acompanharemos nossa heroína nessa viagem que provavelmente se delongará por quase sete dias.

Portanto peço agora à todos que tirem da sua mente o vistoso palácio em Wotan e a intrépida rainha disfarçada, partindo rumo ao que nos não sabemos, para imaginarem o forte Hugo, uma imensa construção, toda em madeira, abrigando um considerável número de guerreiras e magos. O forte tinha poucos anos, as toras grossas das paredes do forte precisariam de umas cinco mulheres para serem abraçadas, a cor escura era característica dos pinheiros da floresta de Lokur, ainda é possível sentir o esforço sobre-humano que as mulheres Sovietas realizaram para ergue-las, enfim, uma verdadeira fortaleza digna do orgulho de seu reino.

Em Hugo alguns poucos raios de sol iluminavam a tundra que ainda não havia sido coberta pela neve do inverno* e liberavam os fios de grama da fina camada de gelo que os havia envolto durante a noite. Ao olhar para o horizonte a oeste era possível ver uma fantástica aurora boreal, porém tão belas cores não eram uma obra de bondade da tão cruel natureza de Asgar, eram efeito da magia dos homens do forte, que constantemente em meditação canalizavam suas energias corporais para edificar o que era conhecido em todo o reino como muro Aurora, toda mulher e todo homem acreditava fielmente que o muro Aurora salvaguardaria o reino das invasões de povos que tentassem alcançar os territórios a norte da cordilheira Mjol, afinal nenhum exercito poderia atravessar aquelas montanhas, a única passagem, portanto, seria o muro Aurora.

Aproximava-se do portão do forte a anciã chamada Catarina, escoltada por um pequeno grupo de jovens guerreiras. A anciã e Hermione, a guerreira encarregada da organização de Hugo, reuniram-se sozinhas em uma das poucas salas separadas do grande átrio do forte. Conversaram a fio por alguns minutos, as ordens de Catarina foram claras e concisas: Um grupo de expedição deveria ser organizado a fim de alcançar um território a sul da cordilheira Mjol, o grupo deveria estar pronto para resistir durante varias estações pois a rainha dissera que ainda não sabia qual seria o ponto final da expedição, por outro lado garantira que queria evitar conflitos com a civilização de deformados que divide o continente Asgar com o reino Sovieta.

Os motivos da expedição não eram claros para Catarina, muito menos para Hermione, mas uma ordem dada pela rainha Helga encheria de coragem e boa vontade as guerreiras de Hugo que colaborariam com a vontade real aceitando não saberem o motivo. Prevendo isso, Hermione prometeu à anciã que a ordem seria prontamente cumprida e em cinco dias a expedição estaria à espera de saber seu destino, dito isso Catarina reagrupou sua escolta e partiu rumo a Brenda, tendo avisado que o destino da expedição seria informado mediante uma águia-correio.

Assim que o grupo rumo a Brenda saiu dos portões de Hugo, o primeiro floco de neve chegou ao local, e antes mesmo que a escolta de Catarina sumisse no horizonte, o inverno havia alcançado o ultimo ponto do reino que ainda lhe faltava.






*Alguns que não lerem aqui de certo virão fazer ‘mimimi’ sobre o continente Asgar ser frio o tempo todo e portanto ser ridículo eu dizer que a neve só vem no inverno. Pois bem, portanto lhes devo uma explicação, em vários lugares do mundo o clima é frio o suficiente para que se houver precipitações pluviométricas estas se dêem em forma de neve, porém no hemisfério norte a época das chuvas se dá no inverno (no hemisfério sul é no verão) e portanto haverá neve somente no inverno. Por mais que seja frio o tempo todo no reino Sovieta, a chegada do inverno, com a neve e as chuvas de granizo, continua sendo uma complicação.


Última edição por Zé dos Corvo em Seg Dez 13, 2010 7:40 am, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Civilização Roleplay - Capítulos   Civilização Roleplay - Capítulos EmptyDom Dez 12, 2010 3:17 am

12/12/2010

Mini migração

Enquanto a neve caia, e os lobos uivavam, os Snoaks continuavam a sua marcha, floresta a dentro, em uma noite normal no continente de Asgar. Naquela mesma madrugada, Ronix, líder do bando ou exercito, que continha mais ou menos quarenta ou cinquenta integrantes, avistou um grupo de ursos. Depois de tudo destruir, ali se instalaram, grudados as montanhas, no meio da mata densa e fria, não se preocupando com nada, caçavam ursos e lobos, comiam sua carne e bebiam seu sangue.
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MensagemAssunto: Re: Civilização Roleplay - Capítulos   Civilização Roleplay - Capítulos EmptySeg Dez 13, 2010 6:31 am

13/12/2010

um dia mipedian
Civilização Roleplay - Capítulos Images?q=tbn:ANd9GcRnXEjhz2cypOw8QJ_CkMPfkl0bKHLtopXgKVCXv0B_HwcQAAT8-yUlZzm3m quanto alguns mipedians treinavam na grande sala de treinamento mipedian, outros estudavam os pergaminhos antigos, outros estavam apenas trabalhando normalmente como ferreiros, cientistas, arquitetos, entre outros.
Civilização Roleplay - Capítulos Images?q=tbn:ANd9GcQa80_bM3kEqzhkdjXsJfstLCWZ4gX1iNf5c_MFBvFjOdOf-IbSBf9uQSkD rei estavaCivilização Roleplay - Capítulos Images?q=tbn:ANd9GcSki3p_cDP-_SDkFsc0XloKAzbHfHLV92iXNArMSdwIMkSOfuE9ww apenas tratando de negócios como acompanhando o reforçamento da muralha, e eu estava apenas treinando na grande sala de treinamento com minha espada e meu arco, e antes que perguntem sim a mistura de classes e uma coisa bastante comum mas ainda tem aqueles que preferem seguir apenas uma classe de guerra.
Civilização Roleplay - Capítulos Images?q=tbn:ANd9GcSMD3rHmplPl9tm_xtdpfWLFJmSS9pM2h2fLUYY7WLGAOdrnt8ngora falaremos sobre as tecnologias já presentes, no reino mipedian já existe uma forma de correio bastante eficiente e assim você põe a carta em um cilindro plástico e põe dentro da máquina de correio (que normalmente dito seria a caixa do correio), digita o endereço da casa, e a máquina dispara o cilindro para o endereço digitado; a famosa catapulta já presente os disparos mais desenvolvidos são aqueles que se põe gasolina numa bola de papel e madeira e depois taca um fosforo aceso e dispara a bola no caminho esta grande bola pega fogo; caravelas ceram disponíveis daqui a uma semana.
Civilização Roleplay - Capítulos Images?q=tbn:ANd9GcSiLIxpc6WMse2Aa5LUIlSrG04g4BrIyO7Cp5-P6GXYXHp0zba4xJOeDMiuBwobre o palácio real localizado na montanha e bem simples tem tudo que um palácio normalmente tem a única diferença e que este a parte visível e apenas uma torre pequena com uma porta mas quando se desce a escada da torre lá esta o palácio muito bem escondido; sim existem mais de dez saídas para o palácio mas apenas três entradas.

que a aventura comesse.


Última edição por hugo o.f. em Qua Dez 15, 2010 3:48 pm, editado 4 vez(es)
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Personagem: Guinor
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MensagemAssunto: Re: Civilização Roleplay - Capítulos   Civilização Roleplay - Capítulos EmptySeg Dez 13, 2010 8:37 am

13/12/2010 - Povo ri

Capítulo Quarto - Quotidiano de Onaer

Os telhados originalmente brancos da cidade de Onaer refletiam a vermelhidão do sol poente. Sob um desses telhados um velho observava o céu, por através de um dos arcos que adornava a parte externa do edifício. Não olhava o sol; encarava-o. Era um modo de desafiar Undo, que tanto lhes fez sofrer desde que migraram de Asral. A travessia do deserto de Unlon tinha sido árdua, mesmo eles acompanhando o curso do Inrithér – Undo havia tentado de tudo para que a Grande Expedição falhasse. Os rith haviam lidado com um calor tão intenso no curso do rio que muitos de seus cavalos haviam perecido no caminho. Previu-se que a travessia das Túnnas seria dificultosa; porém, constatou-se que as montanhas foram até fáceis para aquele povo com tanta fé e garra.

Aparentemente, a Grande Expedição valera a pena. Facilmente os rith conseguiram se adaptar ao clima temperado das novas terras de Aerlon. Undo exercia pouca influência naquela área – apesar de que eventuais ondas de calor tornassem a aparecer. Havia uma maior diversidade tanto na flora quanto na fauna. Havia mais água também; um riacho cortava Onaer para desembocar no lago de Thoram, a sul dali. Acreditava-se que Thoram era sagrado – para muitos, a residência de Fir, a lua.

Onaer era constituída de quatro ruas principais, todas divergindo dos Três Prédios no centro da cidade. Nesses prédios residiam os três poderes da política: o religioso, o econômico e o militar. Na parte externa, os três prédios eram adornados com arcos, sob os quais havia janelas e entradas para o interior. Os três prédios eram feitos de mármore, de modo que, naquele pôr-do-sol, adquiriam o mesmo vermelho que os telhados ao seu redor.

O velho que encarava Undo desceu as escadas do Prédio Religioso. Era Meron, o líder do prédio. Havia entrado no poder a quinze anos, quando o antigo líder, Rethiel, presenciou um eclipse. Como todos sabem, o eclipse é uma forma de demonstrar que Undo estava vitorioso sobre Fir. Meron apenas esperava que outro não acontecesse; caso contrário, teria de abandonar o cargo; com isso, todo o luxo proporcionado por ele.

Onaer vivia um dia costumeiro. Os rith saíram às ruas para orar a Fir, que se estendia ebúrnea no céu. Era um costume diário; a população pouco dormia durante a noite, reservando-a para ritos a Fir. Acendiam velas das quais saía uma chama branca e erguiam-nas, proclamando preces. Geralmente, preces de agradecimento; em alguns casos, de súplica. Ficavam assim durante algumas horas. Quando finalizavam os ritos, as pessoas iam a suas casas para um curto descanso de seis horas. Era geralmente na hora em que Undo nascia que as pessoas acordavam prontas para a labuta.

Enquanto Meron saía do Prédio Religioso, Aeston, o líder militar de Onaer, estava no topo de seu prédio, observando o horizonte do norte. Andava preocupado – há algumas semanas havia enviado um grupo de doze batedores para a Floresta de Karenves, na direção em que olhava. Devia saber que explorar aquela floresta era infrutífero. Já mandara outras tropas para a floresta, sem qualquer pista.

Aparentemente, Karenves era perigosa demais àquele povo. Cada vez mais, os bardos (que tocavam tenaif e adlák, uma espécie de viola e lira, respectivamente) compunham canções épicas para os inúmeros exploradores que aceitaram a missão de explorar a Floresta de Karenves. Ao mesmo tempo, faziam descrições fantasiosas sobre aquela região – que, se me permite dizer, nem chegaram perto do que realmente havia ali dentro.
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MensagemAssunto: Re: Civilização Roleplay - Capítulos   Civilização Roleplay - Capítulos EmptyQua Dez 15, 2010 3:39 pm

15/12/10

Capitulo V: O Efêmero Sorriso de Darwin

Parecia uma manhã normal. O sol, parcialmente bloqueado pelo céu turvo, entrava pelas frestas da Montanha Azul e iluminam, com a ajuda das tochas, as ruas da cidade. Carrinhos aqui e acolá. O mesmo som seguindo um ritmo frenético de batidas. Os comerciantes gritando, como se quem gritasse mais alto conseguisse a melhor freguesia.

No centro de Magna, onde ficava o prédio do Conselho dos Sete, corria um homenzinho robusto com um pergaminho nas mãos. Tinha acabado de sair do prédio, parecia um tanto ansioso, como se em suas mãos houvesse algo muito importante. Na verdade, não corria, manquitolava parecendo ter uma perna maior que a outra, mas não ligava para isso e continuava sua longa jornada em direção ao portão norte:

- Darwin, aonde vai com tanta pressa? – perguntou outro homenzinho responsável por um dos barulhos repetitivos.

- Finalmente! Meu projeto da construção da outra cidade foi aprovado. –respondeu enquanto parava na frente da loja de seu amigo. Parecia esboçar um sorriso atrás da grande barba ruiva. – Começam as obras depois de amanhã. Prepare o hidromel, por que hoje vai ter festa!

Mesmo no inverno, muitos trabalhavam nas duas outras montanhas, onde ficavam as minas. A população estava crescendo muito rápido, e o conselho decidiu construir outra cidade na montanha vizinha pra acabar com os problemas de infraestrutura que já estavam aparecendo.

Pela tarde, alguns trabalhadores iam para a Montanha Vermelha, que na verdade era um vulcão dormente, tomar banho quente em um grande lago termal. O vulcão, a milhares de anos não entrava em erupção, mas todos acreditavam que dentro dele havia um grande monstro adormecido, por isso, era proibido fazer qualquer escavação ali, pra não correr o risco de acordá-lo.

Ao anoitecer, houve festa na grande praça de eventos. Muita comida e hidromel, para comemorar, finalmente o projeto da construção da nova cidade. Darwin estava muito satisfeito, não continha sua alegria, nada poderia atrapalhar aquele momento. Ou quase nada. Todos estavam celebrando, e um terremoto começou, não durou mais do que alguns segundos, mas todos sabiam que terremoto e escavação não combinavam muito, inclusive Darwin.
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MensagemAssunto: Re: Civilização Roleplay - Capítulos   Civilização Roleplay - Capítulos EmptyQua Dez 15, 2010 5:35 pm

15/12/10 - Imperio Hassansi

Capitulo VI: Guerra na selva



Havia um total de 30 homens, embrenhados na densa mata. Junto com eles havia sete índios amarrados uns aos outros. O comandante Lincad estava chefiando a captura de índios na mata, para serem usados como escravos nas minas.
Já passava do meio dia, a floresta estava quente, diversos insetos voavam e picavam eles. Lincad ia à frente, com semblante fechado. Até que de repente ele parou.
- Quietos! Ouviram isso? – Ele segurou o cabo da espada e olhou para os lados. Os outros os imitaram.
Os arqueiros prepararam suas flechas e olharam ao redor, um pequeno grupo cercou os índios capturados. Darin, um guerreiro jovem, segundo em comando, foi junto com Antharis, um poderoso mago real, ao encontro de Lincand.
- O que foi senhor? – Disse Darin – O que ouviu?
- Eu ouvi o barulho de ...
O resto da fala de Lincad se perdeu, uma flecha atravessou o crânio de um dos guerreiros, e mais flechas vieram.
-PROTEJAM – SE! ATRAS DAS ÁRVORES, AGORA! – gritou Lincad.
Eles se abrigaram como puderam na mata, os arqueiros começaram a disparar flechas nas moitas, alguns guerreiros avançaram na direção de onde as flechas vinham. Então eles apareceram. Os Dazcas, eles usam mascaras com rostos de demônios, escudos de madeira, lanças grandes, armaduras de cobre e couro. Os Dazcas são um poderoso império de indígenas, vivem em algum lugar desconhecido da floresta.
A briga começou. Os guerreiros hassansis com suas armaduras de metal, e longas espadas, avançaram contra os lanceiros Dazcas, enquanto os arqueiros de ambos os lados trocavam flechas. Antharis ergue as mãos e gritou:
- Horiat!
Um clarão de luz atingiu quatro dos guerreiros Dazcas, eles tombaram, tentando se reerguer. Darin passou cortando as gargantas deles. Lincad correu e se chocou contra o escudo de um dos índios, lançando o no chão, deu uma estocada na barriga de outro, e entrou em combate com outros dois.
As armas dos hassansis eram mais eficientes, porem os Dazcas estavam em maior número, e conheciam melhor a floresta. 14 hassansis já haviam morrido, e mais Dazcas apareciam.
RETIRADA, VOLTEM PARA O ACAMPAMENTO! AGORA! – gritou Lincad.
Houve ainda grande troca de flechas, enquanto eles corriam. Porem Lincad foi interceptado por um homem grande, pele morena, uma mascara azul de demônio.
Ele falou em um idioma geral, de todas as tribos:
- Sou Zupã, líder do exercito Dazca, lute comigo. – Logo após dizer ele ergueu seu braço e desceu sua maça com força sobre Lincad, que bloqueou o golpe com o escudo. Lincad foi ao chão e se apoiou na perna esquerda, com o escudo acima da cabeça.
Muitos Dazcas foram se aproximando de Lincad e Zupã, então Antharis gritou:
-Ainna Mirtan Akiran Implorus Sukali Jaram!
Uma esfera vermelha incandescente surgiu acima de suas mãos. Ele a arremesou contra os Dazcas, criando uma parede de chamas entre eles e os dois guerreiros.
Lincad se levantou e golpeou Zupã, que se defendeu com o escudo, um intenso combate se travava entre os dois. Alguns Dazcas surgiam por onde as chamas ainda não haviam passado, mas eram interceptados por guerreiros e flechas hassansis. Porem uma saraivada de flechas veio por cima das chamas, os hassansis se protegeram como puderam.
Darin olhou para Lincad e viu ele bloqueando os golpes de Zupã e tentando fugir, viu também 2 Dazcas armados com lança se aproximando. Parou de olhar Lincad para se defender de um índio, e , quando olhou novamente, viu Lincad ser perfurado por varias lanças.
-NÃO! – gritou ele desesperado
-VENHAM, RECUEM, SIGAM-ME! – gritava Antharis.
~
- Então... Lincad foi morto pelos Dazcas... - o rei Portos disse, enquanto olhava o chão.
- Sim... Não pudemos fazer nada... – respondeu Antharis.
Pois bem. Agora é guerra.

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Personagem: Wk~
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MensagemAssunto: Re: Civilização Roleplay - Capítulos   Civilização Roleplay - Capítulos EmptyQua Dez 15, 2010 8:21 pm

15/12/2010 - Aral
Capítulo 07 – Cento e vinte gerações atrás.
Primeiro Tomo

Como que numa combinação coagida, o vento soprava leve e as estrelas pontilhavam de branco o azul marinho do céu. Era o clima perfeito, pois, após trezentos anos de devoção, os Aral comemoravam a finalização do Ord, seu novo lar.

O Ord é uma cidade dentro de paredes, construída em cima de uma colina de pedras. Criado com o objetivo de abrigar e proteger a todos, o forte possuía seu lado vaidoso e viera ao mundo para representar o poder Aral diante do continente, uma vez que tão perfeita estrutura havia sido projetada pelo povo e construída com o auxilio singular dos braços de homens e mulheres.

Numa clareira retangular aos pés de Bar’Torin, barracas de madeira ornavam as laterais do pátio, alinhadas como vagões de um trem; bandeirolas de seda cruzavam de telhado em telhado formando uma teia colorida; ao centro, com seu brilho alaranjado, crepitava uma enorme fogueira. As crianças corriam com os pés descalços pela feira; as mulheres rodopiavam seus vestidos brancos, por vezes expondo belos pares de pernas e fomentando a imaginação dos homens, que bebiam e carteavam em mesas redondas de madeira.

A marimba, flauta de pan, oud e as doces vozes determinavam o ritmo da festa, as danças eram alegres e encenavam com arte a história daquele povo e, enquanto as fortes pisadas elevavam para a altura dos tornozelos a poeira do chão, os bardos ensaiavam baixinho os capítulos mais recentes de Aral.

A festa só acabou três dias depois, no segundo dia perdeu-se em cinzas a fogueira, mas a música só parou quando o último homem bebeu a última gota de rum e engoliu o último pedaço de frango. Em forma de encerramento, os bardos uniram-se para adicionar mais uma página nos livros da história, mas embora o ritmo fosse dançante, as palavras ouvidas vieram como navalhas.

O Oud começou a tocar rapidamente.

A rainha da luz fez sua reverência
E em seguida virou-se a ir
O príncipe da paz abraçou a melancolia
E caminhou sozinho para a noite

Dance na escuridão da noite!
O tempo irá te engolir
Cante até o amanhecer!
O gigante de pedra quer te consumir

Oh! Jogue arado e enxada no chão
Lado a lado comemoramos a dor
Vamos, dance na escuridão
No mais obscuro louvor

A dor da guerra não pode exceder
A aflição de sua conseqüência
Os tambores balançarão as muralhas do castelo
Mas sofrerão sob sua imprudência

O sol brilhava sem notarmos
Ignorando teus atos falhos
Mas como as chamas das trevas
A luz do sol cega teus olhos

Oh, Ord! Fruto da luxúria
Amaldiçoa o povo de Aral
Que lamenta e murmura
Esconde teu povo banal

Da clareira era possível ver a metade superior do Ord e agora todos o observavam sob a luz avermelhada do fim de tarde. Aquilo que deveria ser o símbolo da potência Aral gerava vergonha a todos que fizeram parte de sua história.

Aquilo que havia sido construído para proteger o povo havia cismado-o. Homens morriam mais cedo; mulheres traiam seus maridos trabalhadores com os muito jovens e depois que os jovens se uniam aos maridos, traía-os com os muito velhos; filhos cresceram sem pai, com muitos pais ou com pais deformados; um sem número de trabalhadores amputou os próprios polegares para serem afastados das obras e o povo sofreu para se proteger, mas descobriu que haviam construído seu maior inimigo.

Perceberam que a comemoração dos três últimos dias representava os únicos três dias de liberdade que todos ali conheceram, mas agora era hora de ser engolido pelo gigante.

E os bardos continuavam a cantar,
...Fruto da luxúria...
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Gorner
The Doppleganger
Gorner



Ficha da Personagem
Personagem: Michael Gant
Vocação: Kight

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MensagemAssunto: Re: Civilização Roleplay - Capítulos   Civilização Roleplay - Capítulos EmptyQui Dez 16, 2010 2:24 pm

16/12/2010

Logo despertar.

No amanhecer de mais um dia de primavera, o olho fumegante do Deus eterno observava atentamente cada uma das ilhas dos teriparás. Eram ilhotas quase do mesmo tamanho, não havia uma disputa seja de qualquer forma entre os de lá e os de cá, viviam em paz. E é nesse clima que a jovem teripará andava calma pela ilha leste. O dia ainda estava frio, deixando os poucos pelos do seu frágil corpo, onde não era coberto pela pequena saia de folhas verdes, bem ouriçados . Fechava os olhos para ouvir os pássaros dando bom-dia em seu canto, se olhava na água das cuias do centro da vila e elas refletiam sua perfeição, lindas marcas naturais de seu rosto que chamavam a atenção e traziam um sorriso espontâneo de todos ao seu redor. Passou pela oca dos guerreiros, feita de gravetos grossos e bem amarrados, contornou o depósito improvisado de palhas, circular, que iam radialmente do topo até encontrar o solo, que guardara toda a comida da última caçada abençoada e já estava lotado. Seguiu, com seus pés descalços beijando o barro gélido em direção a maior construção daquela ilha, a grande oca dos Toãs.

Já haviam passado algumas horas, o Deus Eterno lentamente acompanhara os movimentos de suas criações e por que não de sua linda índia. A apreensão do Deus em ver o que se passa, já aquecia até o coração dos teriparás. A jovem já tinha passado pelo estábulo da grande oca, a cerca era frágil, mas era alta e protegia bem os cavalos já domesticados que iam sendo lavados pelos índios. Os olhos da moça passeavam contentes por cada coisa que via e já espiava na ponta dos pés cada quarto daquela construção enorme de emaranhado de palhas secas e galhos fortes. Lá pela terceira ou quarta espiada, eis que resolveu entrar, e entrou. Não muito andou e já tinham notado sua presença, os guardas rigidamente a abordaram com suas penas coloridas e lanças afiadas. Além do cocar e da arma, seus corpos eram nús. A punição veio logo para a garota, arrastada para trás da oca foi violentada por cada um dos guerreiros do turno, que nem se divertiam com o fato, apenas cumpriam sua função. A cena chocante era acompanhada detalhadamente por um despercebido índiozinho escondido entre os arbustos. Nessa hora, o olho de Deus, já partia, sem olhar para trás, deixando apenas seu calor para os que no solo trabalhavam.

Enquanto o olho de prata vinha se preparando pra acompanhar os sonhos dos teriparás, um grupo de caçadores voltava de canoa para a Ilha Oeste, estavam apressados e tinham algo pesado no barco, não se sabe o que era, mas o luar refletia um brilho intenso naquilo conforme se aproximavam. Olhando o que vinha com desconfiança, o Deus Eterno então cobriu com finos mantos a aldeia e aliviou o calor de todo um dia com pesadas lágrimas. Os primitivos então dormem, mas o futuro os aguarda.
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Dimitri Drachenorden
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Personagem: Dimitri Drachenorden
Vocação: Mago

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MensagemAssunto: Re: Civilização Roleplay - Capítulos   Civilização Roleplay - Capítulos EmptySáb Dez 18, 2010 10:51 am

18/12/10

Passos

Seis passos, um quarto. Três pares de passos.



Os três homens andavam impacientes pelo pequeno cômodo, decorado apenas por uma escrivaninha de madeira podre rente à parede e uma pequena bancada com aspecto novo cercada por quatro cadeiras de madeira, olhando pela janela para saber se já era hora de praguejar e declarar o quarto integrante do grupo um traidor por não ter se juntado a eles no tempo certo. Os passos ressoavam pelo pequeno aposento de madeira e faziam uma sinfonia de batidas disformes, variando de passadas firmes e constantes a passadas frágeis e incertas, passando por aquelas imperceptíveis para os de ouvidos menos atentos, mas que se faziam presentes como as outras. Os homens faziam música com seus pés inquietos e pareciam dançar a própria sinfonia, tão desafinada quanto a melodia.

Três pares de passos, um era alto e não escondia o vigor da juventude ainda quente em suas veias, seus longos cabelos e seus olhos vívidos, ambos negros, lhe davam uma aparência ainda infantil que combinaria com seu rosto marcante e limpo, se naquele momento ele não estivesse marcado por uma única ruga de preocupação, na testa. Vindo na direção dele, como em um valseado deturpado, estavam os outros dois homens, mais baixos que ele e com as faces e gestos já algo feridos pela idade. Eram parecidos, tinham praticamente a mesma altura e os mesmos cabelos ralos e loiro-avermelhados, o mesmo rosto afilado e a mesma face preocupada, que neles era ainda mais acentuada que na do jovem, já que se somavam as expressões características da idade e aquelas adquiridas com a preocupação do momento. No entanto, quem ouvia aquela música e via seus compositores dançando-a, logo via que, mesmo tão parecidos, os dois homens tinham funções diferentes naquela valsa.

E com um ranger ainda mais destoante que aquela melodia, uma porta se abriu ali perto, parando em fim a música e a dança do cômodo de madeira. Só se ouviam agora dois passos.



Dois passos, um quarto. Um par de passos.
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Y2J
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MensagemAssunto: Re: Civilização Roleplay - Capítulos   Civilização Roleplay - Capítulos EmptySáb Dez 18, 2010 11:26 am

18/12/2010 - Dermablés

Capítulo 10 - O Chamado

O palacete Dermé se ergue imponente contra a noite fria e chuvosa. O Edifício, tem formato redondo, como uma grande lua, e é feito de outro puro, de modo que faz ele brilhar ao dia. Das janelas grandes e lustrosas, é possível ver Ordéos, um Dermablésiano baixo, com chifres e garras curtas, pele normalmente azulada. Parecia pouco respeitoso para ser recém-nomeado rei. Zzanzando de um lado a outro, apesar da tarde hora, pensando no dia anterior, dia de sua posse. Seu pai foi encontrado morto no quarto, com o corpo rascado por alguma terrível criatura. O jovem Ordéos, então, foi coroado.

Mas, o pior, é que essa misteriosa morte, não foi única. Recentemente, uma onda de mortes vem se abatendo desde o inicio do inverno. O povo exige do novo rei liderança e força, para caçar a vil criatura. O problema é, que até o próprio exército, parecia amedrontado.

Depois de horas refletindo, Ordéos concluiu que era um desperdício gastar horas da noite em claro, fez uma longa oração, e foi se deitar., pesaroso pelo o que teria de enfrentar. Boatos, de que enfim, Nuftor havia acordado, depois de um periodo de sono, para acabar com a querida "Era Premiada", haviam sido levantados a dias. Um clima pouco comum se debatia em Tyriglás.

O sol nasceu imediatamente. As minas de Lúfir, fonte de ouro e prata, já estavam a todo vapor. Era possível ouvir o barulho dos martelos a distância. Haviam recebidos um enorme pedido das Forjas reais.

Os soldados já haviam sido convocados, para se dirigirem aos quartéis. O general Mereios, forte, com longas garras, estava preparado para anunciar, o grupo que sairia em busca do assassino do Rei, e de muitos outros. Alguns tentaram fugir da responsabilidade, e, foram cruelmente executados. Pois, fugir de uma batalha é considerada uma ofensa aos deuses.

No Final do dia, o grupo de quase 70 soldados partiu,em direção ao templo. Após uma longa benção, se dirigiram em direção às montanhas, o possivel lar do monstro. Muitos pensamentos acompanham os soldados, que parecem, fraquejar, mesmo após a benção. Medo de encontrar Nuftor, o senhor do mal. Medo de ter sua alma seifada por ele...

A primeira expedição desda "Era da Migração" estava acontecendo.





Vocabulário

Dermé: Situado bem nas antigas fronteiras do Norte e do Sul, o Palácio simboliza o fim da guerra , a paz e a união entre os Sulistas e os Nortenhos.

Lúfir: É o Deus da Terra, da prosperidade e da forja. É filho de Armea (O grande continente) e Zófir (O Sol).

Nuftor: É o Senhor das Sombras, filho de uma relação extraconjugal de Armea (o grande continente) e Mortra (A Lua). Nuftor, é pai de todos os monstros, os quais, são criadas com pedaços dos chifres de seu pai.
Todo o mal que existe no mundo foi causado pelo nascimento de Nuftor.


Última edição por Y2J em Ter Dez 21, 2010 6:11 pm, editado 1 vez(es)
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Thomaz Wolfhund
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Personagem: Tobi Wolfhund
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MensagemAssunto: Re: Civilização Roleplay - Capítulos   Civilização Roleplay - Capítulos EmptySáb Dez 18, 2010 8:40 pm

18/12/2011 – Estados Bósforos
Capítulo 11



“O Vento do Oeste traz o marulho das ondas eternas
O Vento do Norte traz o calor das planícies tropicais
O Vento do Sul traz a solidão das colinas despidas ao luar
E o Vento do Leste, os sussurros das sombras mortais”

Do Livro Dourado de Tyr



Wulfhur lambeu os lábios secos, olhando para a imensidão de Belegond, o mar eterno. Por mais longe que os barcos bósforos ousassem ir, Belegond não terminava. Era o destino final de todas as almas, de todas as águas. Era o Oeste. Onde moravam os deuses mudos, que, quando se moviam, faziam ondas. As tempestades eram seu modo sarcástico de conseguir novas almas para seus reinos sombrios. Com um estremecimento, a sentinela segurou a lança com mais firmeza, balançando a cabeça. Não gostava de pensar nos deuses mudos. Na verdade, como todo bom bosforiano, não gostava muito de pensar nos deuses. Seres cheio de artimanhas, que pregavam peças sarcásticas e até mesmo maléficas, que não gostavam de ser contrariados nem de serem adulados demais.

O homem se apoiou no parapeito da torre franzindo os olhos para enxergar mais. A muralha de pedra que circundava a cidade de Avalonnë tinha mais de sete metros de altura e quatro homens poderiam circular, ombro a ombro, pelas ameias. Todo o extenso trabalho se devia aos ataques dos piratas barachos e os impiedosos exércitos da Tríplice Aliança. Mas os tempos de guerra civil haviam terminado, e a relativa paz imperava nos campos dos estados confederados. Relativa porque havia sempre o perigo de ataque dos piratas ou de bandoleiros foras-da-lei. Nada que preocupasse realmente Wulfhur, ou qualquer um dos guardas. A muralha de Avalonnë era impenetrável a tais forças.

Faltava pouco tempo para acabar o turno da sentinela. O sol estava se encaminhando para o oeste, se despedindo do mundo. O soldado voltou os olhos para o porto novo, onde os cais de pedra atracavam uma grande quantidade de navios mercantis. Apesar de não ser o maior entreposto comercial da confederação, Avalonnë tinha um porto muito movimentado, sobretudo por causa dos produtos tropicais que eram produzidos no interior. Era também a sede da marinha militar bosforiana, onde os estaleiros militares estavam e os poucos navios de guerra ancoravam para eventuais reparos.

As ruas abafadas que iam do porto até o centro comercial estavam cheias de pessoas. Comerciantes vindos das outras cidades, fazendeiros da região, artesãos da cidade se amontoavam na grande praça do mercado, com suas tendas coloridas enfeitando o extenso espaço. A quantidade de cavalos era impressionante, deixando as ruas mais sujas Pequenas patrulhas de soldados acompanhavam fiscais que cobravam impostos sobre as transações comerciais. Antigamente, cada Cidade Estado tinha uma moeda própria. Para facilitar o comércio e, sobretudo, a taxação, foi aprovada uma moeda única, sem a efígie de nenhum dos governantes, só o símbolo da Confederação representado em ambas as faces. Mas, no interior dos estados era muito freqüente ainda o uso das antigas moedas, em algumas regiões o escambo ainda era praticado.

O vigia conseguia ver Lorde Gyach, um homem alto, de barba negra, no meio dos seus guardas, observando o dia de mercado. Era o filho de Lucius, o senhor de Tyr. Governava como regente Avalonnë, e iria ser rei da cidade sagrada quando seu pai se fosse. Era o filho varão dos Dayci. Wulfhur se despediu das ameias com um aceno, olhando para o mar por uma última vez, para se dirigir a sala de guarda mais próxima e comer sua refeição, além de chamar o colega para rendê-lo. Era só mais um dia na gloriosa cidade de Avalonnë.
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Zé dos Corvo
6000?! Esse só pode ser o Xela!
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MensagemAssunto: Re: Civilização Roleplay - Capítulos   Civilização Roleplay - Capítulos EmptySeg Dez 20, 2010 6:16 am

20/12/2010 - Capítulo 12 - Reino Sovieta



Primeiro Ato: O pressagio
Capítulo 2



Em qualquer uma das vielas de Urd era possível escutar os barulhos característicos do mar, o quebrar das ondas na praia de rochedos era pontual a cada instante e era nesse ritmo que a cidade se movia. A parte aonde os homens ficavam confinados era a norte do cais e era separada por uma discreta muralha de madeira, toda manha algumas guerreiras buscavam um contingente de homens para tripular os barcos de pesca, as tripulações eram formadas por aproximadamente uma dezena de homens e um par de guerreiras, sendo que estas apenas vigiavam cuidando para que os homens trabalhassem constantemente.

É a oeste do cais, no centro da cidade, que se localiza o farol. Não se trata somente de um farol comum, de fato uma grande fogueira é alimentada em seu topo para sinalizar a localização da cidade para os barcos, mas é no subsolo que habitam as videntes, três mulheres renegadas pelo exercito devido à sua busca pela magia.

As videntes não eram mal vistas, não eram consideradas desertoras, afinal a própria rainha havia ordenado para que lhes fosse concedido o cômodo abaixo do farol, porém poucas eram as que acreditavam que aquelas três mulheres realmente soubessem sobre o passado, o presente e o futuro.

Helga se aproximava de Urd pelo caminho de pedras, seu rosto estava mais pálido que de costume, seu nariz grande e quadrado parecia estar vermelho, no entanto que os olhos pequenos estavam somente meio abertos devido à fina neve que tentava lhe acertar a vista, as sobrancelhas grossas e escuras estavam cobertas por uma fina camada de gelo e as bochechas magras refletiam os dias de jejum causados pela viagem.

O sol raramente aparece no inverno em Asgar, por isso o farol de Urd estava constantemente aceso, e assim que Helga alcançou os portões, por mais que seu estomago pedisse, não se deu descanso, andou com passos firmes até a porta de tabuas de madeira do farol e chegando lá bateu três vezes com as costas das mãos.

Uma mulher grávida abriu a porta para Helga e sem nada lhe perguntar fez sinal para que descesse uma rampa de escadas de pedra que se encontrava logo ao lado. A sala no andar inferior era quadrada e nas pedras das paredes cresciam vários musgos de coloração verde e laranja. Ao redor de uma mesa circular estavam sentadas uma jovem muito atraente e uma idosa já consumida pela idade, a mulher grávida pegou Helga levemente pelo braço e a acomodou numa cadeira frente à mesa e depois também se sentou. A sala não tinha muitos móveis, mas os que ali estavam eram esculpidos em pedra, as três mulheres eram ruivas, uma raridade entre as sovietas, e possuíam a fisionomia parecida entre si, era como se a pele pálida das videntes entrasse em harmonia com a cor dos musgos que dominavam as paredes de pedra nua.

Sem se apresentar ou delongar, a rainha simplesmente perguntou o que significara o sonho que havia dito durante as nove noite antes de viajar para Urd. A mulher jovem, sem parecer se preocupar muito com a pergunta, começou:

“Foram nove os dias que liderou as Sovietas por entre as montanhas de Mjol, e todos os trovões tiveram medo de te enfrentar. Adquiristes a sabedoria e a confiança de teu povo trazendo-as a salvo de toda e qualquer ameaça. Armou com laminas afiadas todas as mulheres do reino e erigiu o mais belo palácio de que se teve noticia. Muitos anos de tua vida foram gastos em construir este reino, pois foi somente graças à tua liderança que todas as mulheres trabalharam unidas. Durante nove dias sonhastes com o teu fado que te chama.”

A idosa tossiu, aparentemente para clarear a voz, e como se fossem uma única pessoa, continuou o que a jovem falava:

“Agora aqui se encontra, somente para descobrir que teus sonhos nunca mentem. Numa península no sul deste continente há uma macieira, ela esta seca e quase morta, mas tua áurea impetuosa há de reanimá-la e os frutos que dela nascerem te abençoarão com a vida eterna. Tal terra é fértil e teu povo poderá enfim festejar o trigo e o milho à mesa, sem nem suspeitar que o verdadeiro motivo de tal jornada, em verdade, fora um cesto de maçãs.”

Foi com um sorriso à boca que a mulher grávida por pouco não interrompeu:

“Coma algo e parta logo em seguida, em breve já é tarde. Tuas mulheres a esperam no forte Hugo, confie em teus sonhos e saberá que rumo seguir. Quanto à caminhada, não se preocupe, uma águia virá em teu socorro.”

Preferindo não dizer uma palavra, Helga colocou-se de pé e saiu sozinha do farol. Dirigiu-se ao cais, parou um homem e lhe ordenou que este lhe trouxesse comida, em poucos instantes pôde saciar a fome com alguns peixes assados. Feito isso encaminhou-se rumo a Brenda, mas assim que deixou para trás as vielas de Urd uma enorme águia começou a voar em círculos sobre sua cabeça. Aflita por não ter uma espada mas mantendo-se calma devido às palavras das videntes, esperou com que a águia descesse até ela.

O enorme animal pousou próximo de Helga erguendo uma nuvem de neve ao seu redor, a rainha cobriu os olhos com o antebraço e quando a poeira baixou a águia a estava encarando nos olhos docilmente. Aquilo era incompreensível, porém, sem se indagar duas vezes, ela montou na águia e abraçou-lhe o pescoço firmemente com os braços. O animal permaneceu imóvel, Helga resolveu então abrir os lábios, quase colados pelo frio, e murmurar para o animal:

“Leve-me para Hugo o mais depressa que conseguir. O exercito nos espera.”

A águia abriu num único golpe suas enormes asas e começou a batê-las violentamente, saiu do chão como se tivesse o peso de uma pluma e deixou para trás um turbilhão de neve. A ave não tomou muita altitude, parecia ter consciência de que se voasse mais alto que as montanhas sua passageira poderia morrer congelada, manteve-se a uns cinco metros do chão sobrevoando os campos congelados da vasta planície que separam Urd da cordilheira Mjol.

Helga notou que suas pernas se encaixavam nas costelas do animal, soltou então os braços e sentiu o vento pungente lhe acertar todo o corpo, estava voando, e era mais rápida que o próprio vento. A águia inclinou-se levemente começando a descrever um semi circulo, Helga não entendeu o que estava acontecendo, o animal havia diminuído a velocidade e assim que conseguira inverter o sentido foi possível avistar um lobo comendo uma lebre, o pobre lobo percebera somente naquele momento a presença da ave, com a carne da lebre ainda nos dentes virou a face e viu Helga e sua montaria, expressou toda a surpresa e pavor que as feições de lobo lhe permitiram, no instante depois todos seus ossos estavam quebrados pelo impacto com o bico da águia e seu corpo estava preso firmemente nas garras dela.

A águia inclinou-se bruscamente ficando perpendicular ao solo retornando à direção original em poucos instantes e sem deixar com que Helga caísse de suas costas ou que sua caça lhe saísse das garras. Em poucos minutos de vôo foi possível avistar a fumaça de uma fogueira acessa em Hugo, para sinalizar aos viajantes a posição do forte, já que o caminho de pedra se encontrava coberto de neve. Um suspiro longo da rainha e a águia já havia alcançado Hugo, estava agora batendo freneticamente as asas para pousar da maneira mais delicada possível. Quase todas as guerreiras do forte estavam ao redor da águia com as espadas em punho olhando desconfiadas a desconhecida em sua chegada triunfal. A águia começou a comer o fruto de sua caça e Helga desmontou, soltou o cabelo, e proclamou em voz alta para que todo o forte ouvisse:

“A rainha Helga chegou! Embainhem as espadas, encham os cantis, salguem a carne, carreguem as carretas e despertem o amor pelo reino Sovieta em vossos corações! Hoje sairemos do claustro de Illuria, deixaremos estas planícies geladas à procura de uma terra prospera onde não seremos obrigadas a nos preocupar com quantas filhas podemos ter, pois teremos novamente à mesa o trigo e o milho! Nunca abandonaremos estas cidades que nos presentearam com a força e a coragem, mas é hora de retomarmos o caminho da prosperidade! Em marcha, Sovietas!”

A voz da rainha ecoou pela planície e foi reconhecida em todos os cantos do forte, não ouve gritos de “Viva” ou outras manifestações de alegria, mas o espírito de todas as guerreiras ali presentes se inflamara ao discurso de sua líder. É claro que não era a essa águia que Catarina se referia em sua conversa com Hermione, mas provavelmente a anciã viria a saber dos motivos da expedição só depois desta ter saído, afinal nem a própria Helga imaginava que conseguiria chegar a Hugo tão rapidamente, sem nem passar por Brenda para avisar Catarina e enviar uma águia-correio à sua frente.

Os maiores preparativos para a expedição já haviam sido tomados, algumas guerreiras foram selecionar homens em melhores condições físicas para puxar as carretas e Hermione estava agrupando o exercito de pouco mais de duzentas mulheres em frente ao muro Aurora, no entanto, a própria Helga adentrou no salão de meditação e ordenou aos magos que interrompessem seu trabalho e só o retomassem depois que a expedição tivesse deixado o forte.

A rainha foi armada com uma espada de duas mãos e vestida com uma leve armadura de couro, ela ordenou que a bainha da espada fosse amarrada com cordas à cintura da águia e, assim que a ordem foi cumprida, retornou à sua montaria. Planando em pequenos vôos a águia levou Helga até a concentração da expedição, o muro Aurora havia desaparecido, tudo estava pronto para partirem. A rainha e sua águia planavam lentamente abrindo caminho, o exercito as seguia e poucos metros atrás da formação alguns homens puxavam algumas carretas repletas de água limpa, mantimentos, armas e armaduras.

Hugo já ficara invisível no horizonte griz do inverno quando Helga, apos longos sete dias, cerrou os olhos por mais do que um punhado de minutos. Durante sua viagem a Urd o perigo da estrada e o medo de seus sonhos fizeram com que seu descanso se limitasse a poucos e curtos cochilos, agora o corpo da rainha estava abraçado ao pescoço da águia no entanto que a cabeça atormentada de Helga, prestes a ser invadida por um novo sonho, descansava sobre a nuca de sua sagaz montaria, que sem parecer preocupada, continuou à frente da expedição trilhando o melhor caminho para contornar a cordilheira Mjol.


Última edição por Zé dos Corvo em Seg Dez 20, 2010 10:56 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: Civilização Roleplay - Capítulos   Civilização Roleplay - Capítulos EmptySeg Dez 20, 2010 3:42 pm

20/12/2010 - Povo ri

Capítulo Tredécimo - Diários

Dia Sessenta e Um de Outono, 542.

Caríssimo diário,

Ontem fez exatamente dez anos desde que fugimos de Onaer. Lothór, Prenab e eu comemoramos isso no prédio econômico, enquanto observávamos Fir brilhosa no céu. Antes de nós três embriagarmo-nos com anaib, trocamos ideias sobre o futuro de Teslov.

Nós três concordamos que precisamos reforçar a defesa da cidade. Como disse o poeta, “não se fecham os portões quando entra o saqueador”. Mesmo que Onaer ainda esteja longe de descobrir a nossa localização, precisamos melhorar nossas muralhas. Não sabemos sobre as expedições de busca aos foragidos por parte dos militares de Onaer – as únicas notícias que tivemos foram da família Tin, que veio da cidade há alguns meses. Eles disseram que o vale do rio Angothér foi revistado, sem qualquer resultado. (Angothér fica muito longe daqui, caso não saiba)

No mais, Teslov prospera. Anteontem os trabalhadores finalizaram a fonte a In*, logo ao lado ao Templo a Fir. Foi difícil canalizar a água do Intesthér para a fonte, segundo o mestre de obras. Agora os trabalhadores devem erguer as muralhas. Onthíl, a três horas de cavalo, deve fornecer toda a pedra necessária. Em troca, daremos o trigo, que falta na terra deles.

Por Hain Indrór, governante econômico de Teslov.




Dia Noventa e um de Outono, 541.

Diário,

Amanhã será o Dia do Amor à Pátria. Esse ano haverá doze bandeiras a mais nas ruas. Já faz nove anos desde que fazemos esse ritual, sempre com sucesso. Às vezes me pergunto se nós fizemos bem na Conquista, se não era melhor deixar os três governarem igualmente. Mas sempre chego a conclusão de que nós fizemos o melhor para Onaer.

Hoje de tarde recebi a notícia de uma vila foragida arrasada por nossa cavalaria. Ficava às margens de um rio que chamavam de Inleithér. Pelo que me contaram, deveria se chamar apenas Leithér**. Conseguimos pilhar algumas espadas, de fato ótimas, e algum bronze usado como moeda entre os moradores. Essas pessoas serão trazidas para cá, onde serão reeducadas. Só espero que não causem mais confusão a nós.

O dia hoje foi particularmente tedioso. Enquanto uma grande quantidade de trabalhadores decorava a cidade para amanhã, eu simplesmente perambulei pelas ruas da cidade, às vezes me encontrando com um colega, parando para uma conversa. Minha tropa foi para as ruínas de Onérle, numa missão que passei a eles há duas semanas, para fazerem pesquisas nas ruínas. A viagem é demorada, e deveras arriscada. O sol já matou muitos soldados, ainda mais no Unlon. As próprias Túnnas são uma armadilha para qualquer soldado inexperiente. Porém, não devemos manter no exército qualquer soldado que nos faça perder uma batalha. Seria uma vergonha a Oda*** permitir que isso aconteça.

Por Agnef Aeston, major da Esquadra Azul de Onaer.




*In: deus da água, segundo os rith. Foi formado pelas lágrimas de Fir. É representado por uma serpente marinha.
**Deveria se chamar apenas Leithér: o prefixo in- significa água, enquanto -thér indica curso, sendo que o intermediário é o nome do rio. Quando em um nome de rio não há in-, significa que ele é um riacho sem importância.
***Oda: deus da guerra e cavalos, independente de Fir (lua) e Undo (sol).
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Mais de 3000?! Sem ss é fake!
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MensagemAssunto: Re: Civilização Roleplay - Capítulos   Civilização Roleplay - Capítulos EmptyTer Dez 21, 2010 7:04 pm

22/10/2010 – Dermablés

Capítulo 14 – Poesia


Ainda era possível ver Tyriglás ao longe. Sentimentos de saudade, felicidade e amor teriam de ser deixados para trás pelo “bem maior”. Eram cerca de Setenta soldados: Vinte compunham a linha de frente, usando lanças longas e pontiagudas; Vinte e cinco ficavam mais atrás, embainhando espadas pontiagudas e carregando belos escudos; E atrás, vinte levavam bestas preparadas para atirarem dardos. O General, e os outros quatro de patente mais elevada, acompanhavam os outros numa carruagem puxadas por 2 marílios.

A noite chegou rápida e silenciosa, testando a coragem do grupo. O General Mereios deu a ordem de armarem acampamento em uma caverna espaçosa, porém não o suficiente para acomodar confortavelmente os guerreiros. Assim, todos se dirigiram ao interior daquele lugar quente e abafado. Seria escolhido um grupo para sair na escuridão para reconhecer o local e levar lenha para o restante dos Dermablésianos.

Era próximo às 03:00 da manhã,e eles já haviam cortado lenha. Retomaram a caverna, de onde eles se distanciaram um pouco. A viajem estava indo melhor do que o pensamento. O incontável era o encontro com um Doriotrarte. Eles mal olharam para o monstro, e instintivamente soltaram a lenha e tentaram correr. Grande parte deles, seis deles foram mortos pelo monstro. Apenas quatro voltaram à caverna, sem lenha, sem palavras.

Alheios aos problemas, Ordéos estava deitado em sua confortável cama, lendo um pequeno livro de poesias de Hurtón,que já há muito tempo era famoso em Tyriglás.

"Antes minha alma despedaçada por minhas crias;"

Algo entrava no quarto, silencioso e letal como veneno...

"Antes minha mente corrompida por delírios indesejáveis; "

Estava próxima a cama, observando aqueles olhos vermelhos percorrerem o pergaminho, sem saber do que se passava ao seu lado...

"Antes meu corpo queimando em eternas chamas cuspidas por quem julguei erradamente;"

O sangue já havia sido derramado sobre o poema, e o rei nunca soube o receio de Hurtón, nunca soube se teria filhos, nunca soube de seus homens mortos.



Glossário


Marílios: Ser de cerca de dois metros de comprimento, se assemelha a um lagarto, só que em com calda de peixe e de cor avermelhada. É capaz de respirar em baixo d’água. Utilizado como montaria por ser inofensivo, porém, veloz e perspicaz.

Doriotrarte: Habitantes de cavernas escuras, o Doriotrarte só sai de sua toca a noite. Possui Seis patas enormes, com cerca de um metro cada, nas quais anda apoiado. Sua cabeça se parece com a de uma aranha, com oito olhos, porém, com um enorme chifre no alto da cabeça. Se alimenta de carne, e pode se movimentar rapidamente. Seu chifre possui um veneno mortífero, cuja cura não é conhecida pelos Dermablésianos. Se mordido pela criatura, pode-se ficar paralisado a vida toda.


Hurtón: Famoso poeta nascido durante a Era da Guerra, Hurtón sempre defendeu a paz entra as tribos. Tendo perdido sua perna durante a infância, ao contrário de seus irmãos do Norte, se dedicou as artes, principalmente, as poesias. Foi executado diante de acusações de “apoiar os inimigos”. Sua obra mais famosa é “Cárcere”.
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Convidad
Convidado




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MensagemAssunto: Re: Civilização Roleplay - Capítulos   Civilização Roleplay - Capítulos EmptyQui Dez 23, 2010 2:16 pm

23/12/10 - Khazad

Capitulo XV
O Chamado Irrecusável

O silêncio pairou. A festa acabou. Ninguém era capaz de comentar o acontecido. O medo fez com que todos voltassem para suas pequenas casas. Uns se entreolharam, e num entrosamento já se percebia que estavam combinando alguma coisa. Eram Os Sete, que iriam se reunir pela manhã para decidir o destino do novo projeto. A noite foi longa. Poucos conseguiam dormir. O medo de tremer tudo de novo e de alguma rocha se desprender e derrubar a casa em cima de alguém era muito grande. Mas o silêncio continuou.

Darwin, era o mais inquieto, andou pela cidade a noite toda. Saiu da casa onde vivia com seus pais na ultima rua da zona norte, onde as casas eram menores e a comida era simples. Virou na rua principal, que ligava o centro e as zonas sul e norte e que era perpendicular a todas as ruas impares. Foi caminhando lentamente, quando chegou próximo ao centro avistou a o prédio da biblioteca, não era grande, e por isso não tinha muitos livros, mas tinha o bastante para aprender como ser bom naquilo que era. Suspirou. Continuou o caminho, passando pelo banco da cidade, pela praça de eventos e pelas escadarias que levavam ao subsolo, onde ficava a dispensa do governo, o cemitério e a prisão. Continuo seguindo a rua, até que ouviu algo. Estava escuro, as tochas que ficavam na fachada das casas mal iluminavam a próprias fachadas das casas, e a luz da lua, não entrava com força pelas janelas no teto da cidade:

- Hey! – Ouviu-se uma voz rouca que vinha de um dos becos ainda mais tenebrosos.

Darwin olhou para os lados tentando encontrar o emissor da voz. Não estava com medo, estava curioso:

- Quer que sua cidade ainda seja construída? – continuou a voz que parecia agora vir de outro lugar. E antes de Darwin pensar na resposta, que certamente era positiva, prosseguiu a voz. – Apareça nesse mesmo lugar, nesse mesmo horário de amanhã.

Então o silencio voltou. Darwin não entendeu muito bem, e manquitolou de volta para sua casa pensando naquilo que ouvira.

Pela manhã, o sol nasceu num céu azul e límpido. Mas no coração de cada anão uma nuvem escura os deixava cada vez com mais medo. Os barulhos de um povo trabalhador e ambicioso fora trocado pelo silêncio que dizia muito mais do que qualquer expressão. Os únicos que se levantaram cedo foram Os Sete e Darwin, o engenheiro frustrado. Foram na direção do centro da cidadela, e entraram os oito no prédio do Conselho.

Durante horas discutiram, argumentaram e finalmente votaram. Darwin foi o primeiro a sair, também com um pergaminho, mas sem o júbilo de antes, mas sim com a cara amarrada e angustiada. Foi até o muro do Conselho e pregou o papel com a notícia. “O Conselho dos Sete votou, e as obras começarão na Primavera, por questão de segurança. Caso aconteça algum imprevisto, o Conselho se reunirá mais uma vez.” No final, um carimbo autentificava a notícia.

Parece que não era tão ruim, mas muitas pessoas estavam sofrendo por falta de moradia, trabalho e comida, e certamente, a construção da nova cidade seria a solução para esses problemas.
O povo, durante o dia, se manifestou negativamente a decisão do Conselho, entretanto, não fizeram nada a não ser resmungar uns com os outros. No mais, as coisas continuaram seguindo sua rotina diária, com um pouco menos de ânimo.

A noite chegou, e como todas as madrugadas, as ruas estavam vazias. Darwin, que não tirava a noite passada da cabeça, foi até o local combinado com o desconhecido. Tinha medo do que aconteceria, mas tinha mais medo de não ver seu sonho realizado.

A alguns passos do ponto, Darwin sentiu um golpe na cabeça, onde cambaleou, seguido de outra pancada que o fez desmaiar...
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Zé dos Corvo
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MensagemAssunto: Re: Civilização Roleplay - Capítulos   Civilização Roleplay - Capítulos EmptyQui Dez 30, 2010 1:28 pm

30/12/2010 - Reino Sovieta - Capítulo 16


Primeiro Ato: O Pressagio
Capítulo 3

Estavam a dezessete dias em viagem quando foi possível, com os próprios ouvidos, que Helga percebesse as ondas de um novo mar. Mais um breve tempo de caminhada e encontraram a orla. A praia era fina tinha apenas poucos metros, a areia era escura quase como argila e havia rochedos de coloração esbranquiçada espalhados por todo o lugar.

Alguns ursos brancos do tamanho de três mulheres estavam se deliciando com um animal, aparentemente marinho, que as Sovietas nunca haviam visto em suas incursões pelo mar gelado que circunda a península Illuria. Os ursos, cinco no total, deixaram sua refeição e avançaram sobre as batedoras, os passos dos ursos eram pesados e afundavam lentamente na areia.

A lentidão daqueles animais enormes tornava seus movimentos facilmente previsíveis, do grupo de vinte guerreiras cinco deram uns passos a frente e empunharam suas grandes espadas erguendo-as verticalmente acima da cabeça, assim que os ursos se aproximaram as laminas desceram cortando o ar e se fincando no crânio dos animais que, tombando ao chão, se tornaram a ceia para festejar o encontro com o mar.

O acampamento começou a ser montado e, antes que fosse possível notar uma mudança na posição das sombras, o resto da expedição chegou ao local. A lua conquistou o céu e, no entanto que todo o batalhão dormia, a rainha e sua águia Ericka, nome que decidira lhe dar durante a expedição, saíram para sobrevoar os arredores.

Helga sabia que seu destino estava perto, acreditava cegamente no fado que havia lhe sido recitado pelas mulheres do farol de Urd. Em seus sonhos durante a expedição vira uma tribo de gigantes que habitava o descampado aonde se encontrava à macieira pela qual procurava, então sobrevoava aquela planície tentando encontrar alguma fogueira noturna ou qualquer outro sinal de uma aldeia ou civilização.

Não demorou muito para que o olhar aguçado de Ericka avistasse uma fogueira ao longe, e em poucas batidas de asas as duas se aproximaram do acampamento de gigantes que dormiam tranquilamente ao relento. Não havia neve no chão, todo o lugar estava coberto por vários tipos de gramas e arbustos frutíferos, Helga teve certeza que havia chegado a seu destino, aquela era a terra fértil que havia sonhado durante todos os dias da expedição.

Os gigantes vestiam túnicas feitas com peles de ursos, todos pareciam possuir barba e cabelo exageradamente compridos, sendo que todos eram ruivos. Em altura pareciam medir o mesmo que nove mulheres. Alguns deles dormiam ao lado de toras de pinheiros sem galhos ou raízes que deviam ter sido arrancados com as mãos, aparentemente eram suas armas.

Na manhã seguinte Helga avisou suas guerreiras do que deveriam enfrentar, e portanto foi decidido que aquele dia seria usado para preparação do arsenal e das armaduras, além do descanso da tropa. Um grupo afiava as laminas das espadas nos rochedos da praia, outro lubrificava as juntas das armaduras e conferia os anéis das malhas.

Um pouco mais distante desse barulho duas guerreiras acorrentavam os homens da expedição em circulo ao redor de um forte pinheiro, quatro deles já haviam morrido ao longo do caminho, seus corpos débeis não aguentaram o peso das carroças.

O dia passou rápido para as sovietas em seu acampamento avançado. A idéia da aventura que as aguardava no dia posterior esquentou o sangue de todas e trabalhavam com mais empenho que o normal. Antes que o sol se aproximasse do horizonte para ceder seu lugar à noite todos os trabalhos já haviam sido terminados e as guerreiras se sentaram em toras que haviam abatido e colocado ao redor da grande fogueira. Todas em silencio para ouvirem as palavras da amada Helga.

O discurso heróico e incentivador da rainha pôde ser ouvido por toda a praia. Foi extenso mas todas ouviam atentas e cada vez mais entusiastas. Quando enfim a garganta de Helga se calou todas as guerreiras se ajeitaram para a ultima noite de sono antes do embate.

-

Durante o trajeto da expedição Helga descobrira que sua pele havia se tornado imune ao mais pungente frio. Lembrando de como sofrera na travessia da cordilheira Mjol na época da revolução contra os homens concluiu que tal poder havia sido adquirido por ela apos vencer o dragão Lokur. Graças a isso Ericka agora realizava vôos bem mais altos sem se preocupar com o vento gélido ao qual submetia sua rainha.

A enorme águia era só um pequeno ponto no céu para os olhos do exercito de duzentas guerreiras sovietas que se aproximava do vilarejo de gigantes. As demais, por estarem enfraquecidas pela viagem, foram escolhidas para cuidar do acampamento.

O sol parecia prever a manhã sanguinolenta que estava prestes a se desenrolar e nascia inundando de escarlate a neve suja da planície dos ursos e a imensidão do céu de Asgar.

Cada guerreira estava armada ou com uma espada de duas mãos ou com uma espada e um grande escudo circular. As espadas eram todas, sem exceção, forjadas do misterioso metal do monte Jotum, os escudos não eram diferentes, porem possuíam tiras de couro adornando o perimentro. No centro dos escudos hávia um desenho forjado no metal que lembrava o vitral do castelo em Wotan, representava a batalha entre Helga e Lokur.

As armaduras misturavam malhas e placas de uma liga metálica mais maleável, o cobre, e possuíam portanto uma coloração marrom. Por fim, toda guerreira trazia preso às costas um manto feito com pele de lobo tingido de vermelho sangue.

O vilarejo dos gigantes possuía poucas arvores esparsas, portanto as muitas silhuetas verticais que se enxergavam no horizonte denunciavam que todos eles já haviam despertado. Quando o exercito esteve à vista dos gigantes estes não tiveram uma reação definida, pareceram estranhar criaturas tão pequenas andar em fileiras tão organizadas, tudo indicava que nunca haviam se deparado com humanos.

Quando o exercito se encontrou à uma distancia de duzentos passos do gigante mais próximo, um comando em voz firme de Hermione fez a marcha parar e a formação ser trocada. Agora havia somente dois grupos com apenas duas fileiras cada, as guerreiras com escudo haviam se posicionado na fileira à frente e as demais permaneceram na segunda fileira. Os movimentos militares das sovietas a esta altura haviam preso a atenção de todo o vilarejo, e também de Helga, que sobrevoava a uma altura elevada e graças ao céu límpido daquele dia acompanhava com o olhar os pequenos pontinhos no chão.

Provavelmente todos na planície ouviram a voz possante de Hermione gritar firmemente "Atacar!". Os dois grupos correram de forma sincronizada rumo aos gigantes, um indo para a direita e o outro para a esquerda do vilarejo, deixando um vão de uns cinquenta passos entre as duas formações. Os gigantes compreenderam em algumas frações de segundos que aqueles seres aparentemente insignificantes eram hostis, e se apressaram em erguer ao ar as toras de pinheiro que jaziam no chão. Nisso Helga se aproximava mais e mais do combate.

A formação da esquerda alcançou primeiro um dos gigantes, que se sentindo ameaçado levantou bem acima de sua cabeça a tora que tinha em punho e estava prestes a golpear com toda sua força o chão à sua frente. E tal golpe poderia ter feito vibrar o inteiro vilarejo. Mas antes que seus enormes músculos pudessem completar tal missão duas guerreiras da primeira linha passaram por debaixo de suas pernas e afundaram suas laminas nos tendões acima dos calcanhares.

O gigante caia em direção ao solo e no entanto que a formação continuou a avançar por debaixo de suas pernas uma guerreira da segunda linha, perfurando-lhe a carne com a espada, se segurou no cabo da arma e ergueu seu corpo com a força de um braço, usou então sua mão livre para se segurar nos pelos do gigante, retirou a espada e repetiu estes movimentos de forma rápida e ágil.

Ela estava escalando o inimigo que em poucos instantes se encontrou com os joelhos no chão e as mãos espalmadas no solo para impedir a queda total, mas a guerreira já lhe havia alcançado as costas e corria por cima destas rumo à cabeça. Antes que o gigante pudesse fazer qualquer coisa a enorme espada de duas mãos sovieta estava encravada nas vértebras de seu pescoço e o enorme corpo caia, enfim, sem vida ao solo. No entanto, pouco antes do impacto, a guerreira retirou sua espada e pulou em direção ao chão, correndo para tentar alcançar novamente sua formação.

Cada gigante tentou frear o avanço das linhas sovietas à sua maneira. Alguns tentaram pisoteá-las mas tiveram os calos de seus pés perfurados por várias espadas e a força de seu peso desviada por vários escudos.

Outros golpearam o ar com suas toras horizontalmente ao chão. Mas alguns muito alto, dando espaço para as guerreiras esquivarem os golpes rolando por debaixo da madeira. E outros muito rente, fazendo com que quase todas conseguissem pular por cima, porém algumas falharam em seus pulos e foram cair a vários passos de distancia com as ossos das pernas totalmente fraturados. Destas, poucas morreram na queda, a maioria conseguiu rastejar para longe da batalha, mas eternamente aleijada.

Um ou outro, mais ousado, se agachou e ficou esperando a chegada das guerreiras com as mãos abertas prontas a agarrar quantas lhe coubessem no punho, mas as laminas das espadas dilaceravam a carne e os tendões das mãos dos gigantes em pouco tempo e se tornava impossível para estes suportar a dor. Dentre os agachados apenas um conseguiu ser rápido o suficiente para fechar os punhos em volta das sovietas antes de ter suas mãos mutiladas.

As guerreiras iam ficando para trás terminando de matar os gigantes pelos quais as fileiras já haviam passado. Mas as mulheres que ainda estavam na formação pararam todas para tentar ajudar, porém antes de conseguirem parar por completo e derrubarem o gigante este já havia arremessado as outras pelo ar, e elas morreriam na queda.

O grupo de guerreiras parado observando o vôo daquelas que haviam sido arremessadas se tornou uma presa mais fácil para os gigantes, que por enquanto haviam ficado parados tentando encontrar a melhor forma de se defender. Estes então circundaram as guerreiras e prepararam suas toras para macetar o chão tornando a terra e os restos das sovietas uma coisa só.

Mas Ericka e Helga já estavam voando a toda velocidade para ali quando as guerreiras foram arremessadas. Nesse tempo o bico da águia já estava mirando o olho do gigante que estava com a tora mais erguida e os músculos já contraídos para desferir um golpe fatal nas guerreiras ao chão.

Quando a águia estava a um par de palmos do olho de sua vitima, Helga pulou de sua montaria rumo ao nariz de outro gigante que estava também quase para desferir um golpe. As guerreiras, animadas com a chegada de sua heróina, retornaram a si a tempo de fugir dos golpes dos outros gigantes, que ainda não haviam erguido o suficiente suas toras quando Ericka irrompeu o cerco.

A rainha e sua fiel companheira aproveitaram-se da oportunidade criada pela proximidade de vários gigantes entre si e, Helga pulando de um para outro escalando-lhes os cabelos ou a barba e Ericka com poucas e leves batidas de asas, cegaram um a um os inimigos, e o exercito se ocupou em seguida de matá-los.

Já não havia formações e nem mulheres correndo, a batalha se resumia a quatro focos onde os últimos gigantes, aproximadamente dez, estavam prestes a ser derrubados. Porém, em um destes focos parecia estar o líder de todos aqueles mortos, ele lutava a mãos nuas. Estava de joelhos, esteve assim desde o começo da batalha afim de não ter seus tendões cortados e cair de quatro ao chão.

Sua barba e cabelo pareciam ter sido propositalmente cortados à altura do pescoço, ele era mais robusto, aparentemente se alimentava melhor que os demais, o olhar dele impunha respeito e liderança.

Helga havia sumido do campo de batalha apos cegar aqueles gigantes, ela havia voado rapidamente até o acampamento e já estava de volta. Irrompeu em meio ao vilarejo gritando para que todas ouvissem a ordem de parar de matar os gigantes. No entanto que Ericka voava sobre as guerreiras Helga aremessava varias cordas a elas e as instruía a amarrar os gigantes e rende-los sem lhes cortar os tendões.

O gigante de joelhos arrancava as guerreiras que tentavam subir nele e as jogava com força no chão, as mulheres que o circundavam já não sabiam o que fazer para vencê-lo quando Ericka pousou-lhe bem em frente. Houve um instante em que Helga e o gigante se entreolharam num respeito mutuo, ele havia resistido a dezenas de sovietas, matado algumas, e ainda estava firme para continuar batalhando.
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Ficha da Personagem
Personagem: Guinor
Vocação: Conde de Senja

Civilização Roleplay - Capítulos Empty
MensagemAssunto: Re: Civilização Roleplay - Capítulos   Civilização Roleplay - Capítulos EmptyTer Jan 04, 2011 11:33 am

04/01/2011 - Povo ri

Capítulo Décimo Sétimo
Após vinte e três anos em segredo.

As ruidosas águas do Intesthér congelavam os cascos dos cavalos que as atravessavam. Era um vau largo, de águas transparentes – podia-se perfeitamente ver o fundo de barro, com alguns pequenos peixes nadando sobre ele. A correnteza era forte; forte o bastante para carregar um cavalo inteiro. Mas não um cavalo onaer – aqueles cavalos eram alimentados com o melhor feno, treinados pelos melhores domadores e montados pelos melhores cavaleiros conhecidos por qualquer ri.

Era inegável. Aquela trilha que seguiam desde o amanhecer tinha que levar a algum lugar; ela cruzava toda uma mata de coníferas para levar àquele vau. De modo não-verbal, aqueles catorze batedores sabiam que no fim do caminho haveria rebeldes. Rebeldes tolos, que não sabiam da felicidade e orgulho de ser um cidadão onaer.

Os catorze rith estavam montados em cavalos negros - trajavam capas tão escuras quanto os equinos. Deslumbrantes estavam os cavalos; havia diversas partes de ferro nas patas, e invejáveis selas de couro. Catorze capuzes estavam sobre os rith, cujas faces inexpressivas estavam em escuridão. Tanto o cavalo negro quanto as capas encapuzadas eram necessárias para que o trabalho daqueles batedores fosse possível. Afinal, se fossem descobertos pelos relutantes, estes fugiriam para ainda mais longe de Onaer. Era incompreensível que essa gente quisesse fugir de um governo tão glorioso. A revolução foi necessária. Nunca a população da cidade foi tão feliz quanto agora. Só caçavam os rebeldes porque sabiam que eles ainda tinham esperança de se tornarem cidadãos exemplares.

Os batedores agora estavam no limiar da floresta de coníferas. A trilha ainda estava apagada, porém visível. Desta vez, ela conduzia à encosta de um morro, apenas coberta de rochas e alguns tufos de grama. Há muito tempo os corações deles se encheu de esperança. Não era possível que aquela estrada estivesse ali em vão, sem qualquer propósito.

A subida da encosta foi difícil, porém possível para os cavalos negros. Em menos de uma hora eles atingiram o topo nu.

Catorze queixos caíram.

Impossível. Impossível terem construído aquilo debaixo do nariz de Onaer. Era logo abaixo do Thoram, aquele lago de Fir. Os batedores viam na margem do rio, a menos de um quilômetro, após verdejantes planícies, uma cidade, quase da metade do tamanho de Onaer. Duas torres se destacavam no fundo; podiam-se divisar muitos arcos, característicos da arquitetura dos rith. Dezenas de telhados azul-escuros rodeavam ambas as torres, de modo desorganizado. O mais impressionante, porém, era a muralha que cercava a cidade. Era de pedra, baixa – devia ter no máximo dois andares de altura. Porém, com certeza podia suportar a muita cavalaria onaer.

Os batedores não abriram a boca desde o amanhecer. Mesmo agora, diante daquela verdadeira cidade-estado, não trocaram uma palavra. Eles simplesmente viraram as costas e voltaram o mais rápido o possível para Onaer, ansiosos para reportar ao general Agnef Flepn aquela descoberta que mudaria o rumo da história do mundo.

Enquanto isso, a menos de um quilômetro do morro onde estavam os batedores, um quartel general trabalhava a todo vapor. Lothór colhia agora os frutos de um trabalho que começara há dez anos. Era a primeira tropa de arqueiros que o militar formou; na verdade, era a primeira tropa de arqueiros que qualquer ri jamais vira. Os arcos eram uma tecnologia nova, especializados em derrubar os cavalos. Aqueles trinta rith teriam a função de guardar a cidade de Teslov – eram ao todo quatro torres de sentinela, dispostas sobre a muralha. Lothór tinha certeza de que conseguiria manter a cidade segura, desde que Onaer atacasse usando apenas a cavalaria. Afinal, o que os militares dominavam mais do que os cavalos?
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