Uma nova jornada...

"Aquele gato de novo! Ele queimou com seus olhos a tarântula com a qual eu duelava. Será que ele me achou incapaz de vence-la? Ele disse que eu pareço muito incapaz. Ele me salvou porque me quer vivo ou espera a melhor ocasião para ele mesmo me matar? Ele disse que talvez ele não seja um gato. Ele mentiu para mim? Ele mentiu para o elfo?"

"Será o caminho da loucura tão fácil de se seguir?"

"...se bem que é bem isso que eu sou..."

"Minha loucura me disse para sair de Thais, fugir de quem esta a me espionar. Me levou àquela torre perdida em meio às areia de Jakundaf. E novamente, para mais uma vez me desapontar, as caras são as mesmas e me conhecem em todo lugar."

"De pelo menos um velho inimigo eu posso é me livrar. E ele esta bem guardado, numa de minhas maiores aliadas, a bela Venore."

"Desgraça."

"Cerrar os olhos em Venore é diferente para mim do que o fazer em qualquer outro lugar. É como sentir um medo inocente de novo, um medo singelo de não saber o que esta a me esperar. Sinto falta destes medos, destes beijos. Beijos. Onde fostes Samir?"

"Dias outrora cheguei nesta cidade, sem saber de fato o que querer. Encontrei-me novamente com a mercadora, que só quer um coração agora. A paz me encheu o espirito e por fim a li. Era então chegada a derradeira hora de retornar a Jakundaf, e tendo enganado a mim mesmo tentar dela se livrar."

"As vezes sempre sinto que as pessoas riem de mim quando em verdade deveriam me escutar. Mesmo com tanta ausência de respeito com quem já vira tantas coisas, não consigo me sentir eu mesmo ao deixar a carta algures. Não por querê-la, prometo. Mas sim por enxergar o sofrimento que os aguarda na curva obscura do destino efémero."

"Apos acreditar ter entendido a magia que a carta traz consigo, decidi procurar o elfo e por surpresa o senti logo perto, na querida Venore."

"Não me ouvira. Como era de esperar a carta já o tomou, mesmo que ele jamais a abrira. Outros surgiram, começaram a falar sobre o dragão. Não tenho certeza se foi Dimitri mas alguém fez algo estranho a todos nos. Tontura."

"Ou loucura.Talvez seja tudo delírio de minha mente, imaginação do homem decrepito que insiste em deixar seu sepulcro. A depressão me envolveria de novo se não fossem dois parvos a irromper na sala e derramar sangue, aos quais eu, como se fosse o jovem que todos lembram, fugi sem um arranhão. Mas agora, no aconchego do templo, penso que talvez seja eu o parvo. E há vários tolos a me seguir."

"Espero que estejam bem."