Apenas mais uma aventura.
Ou não.
O deserto. Conhecido antigo de Lucius Cath, era para lá que ele ia. Em busca de respostas sobre Corvolo, o velho que o havia encontrado no dia que serviu como difusor de águas em sua vida, sobre Curumo, o velho branco que tanto o havia prejudicado e sobre Imbar, um minotauro que poderia lhe dar boas respostas.
Lembranças apareciam em sua mente, o local onde ele havia descobrido o segredo da Santa Granada, onde ele também havia encontrada a alma de Corvolo Dauzat, pai da mulher que ele amava e grande líder da comunidade a que ele pertencia.
Ele não podia parar ali. Havia muito mais o que procurar, e o velho barba-ruiva não era o seu principal objetivo ali. Muita cautela, entretanto, era necessária ao andar em um canto como o deserto. Em uma de suas únicas lições valiosas, Curumo havia ensinado o rapaz que no deserto precisava-se ter cuidado a cada buraco que se caía. O rapaz, porém, que naquela época era tolo e leviano, não havia prestado atenção às lições do mago branco. O deserto não permitia que houvessem enganos e Lucius aprendeu da pior forma.
Nas terras áridas em que se aventurava o príncipe étrio, haviam todo tipo de espécie de monstro. Orcs, slimes, escorpiões, demônios do fogo e o mais importante para ele naquele momento, minotauros. Finalmente Lucius havia encontrado-os, eram poucos, mas era uma pista de que ele estava perto de Imbar, o minotauro citado por Gornlink e Kean na reunião Langobarda.
Para a infelicidade do rapaz, a sorte não estava do lado dele. Depois de rodar o deserto e não encontrar pistas ele resolveu dar meia volta. Entretanto, um buraco pequeno e isolado o chamou atenção. Ao lado dele, uma placa que avisava o perigo encontrado nele chamou mais ainda a atenção de Lucius. Ele não tinha nada o que temer, com sua pá e com sua corda era invencível. O príncipe étrio, contudo, estava enganado.
Mais perigoso que qualquer monstro, o buraco sem saída era o pior dos medos do cavaleiro. E agora ele teria que enfrentá-lo. Ele, entretanto, não morreria sem tentar. Gritou, com todas as suas forças, mas aquilo não era o bastante e não demorou para sua voz falhar. Analisou, então, o lugar aonde havia parado. Ele ainda tinha uma possibilidade. Um corpo, não percebido a primeiro momento, porém, tirou as esperanças do rapaz.
Naquele momento, Lucius só tinha uma opção. Sentar, chorar e rezar para todos os deuses para que Alice e o time de resgate não tardassem a buscá-lo.
Seria aquela a última aventura do príncipe étrio?